quarta-feira, 1 de julho de 2009

AS 69 SEMANAS APONTAM REALMENTE PARA O BAPTISMO DE JESUS?

Conforme Daniel 9:25, “desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até ao Ungido, ao Príncipe” transcorreriam 69 semanas proféticas. O evento indicado nessa passagem refere-se ao baptismo de Jesus e não ao Seu nascimento, como alguns poderiam imaginar. Foi por ocasião de Seu baptismo que Jesus foi ungido pelo Espírito Santo, pois, segundo os evangelistas, ao sair da água, “o céu se abriu, e o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea como pomba; e ouviu-se uma voz do céu: Tu és o Meu Filho amado, em Ti Me comprazo.” Lucas 3:21 e 22. Ver também Mateus 3:16 e 17; Marcos 1:10 e 11; e João 1:32 e 33. Essas palavras trazem à lembrança uma profecia de Isaías, proferida vários séculos antes, com respeito ao Messias: “Eis aqui o Meu servo, a Quem sustenho; o Meu escolhido, em Quem a Minha alma Se compraz; pus sobre Ele o Meu Espírito, e Ele promulgará o direito para os gentios.” Isaías 42:1.
Marcos informa que após ter sido baptizado e ter enfrentado Satanás no deserto, “foi Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.” Marcos 1:14 e 15. Percebe-se aí uma clara alusão ao período delineado na profecia de Daniel.
O próprio João Baptista sabia que a sua missão era manifestar o Messias a Israel. As palavras de João, registadas pelo discípulo amado, revelam a importância do baptismo de Jesus como o momento em que Ele deu início ao Seu ministério público: “Eu mesmo não O conhecia, mas, a fim de que Ele fosse manifestado a Israel, vim, por isso, baptizando com água.” João 1:31.
Pouco tempo depois de Seu baptismo, Jesus usou uma profecia de Isaías, em que se menciona a unção do Enviado do Senhor, para revelar a verdadeira natureza do Seu ministério: “O Espírito do Senhor está sobre Mim, pelo que Me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-Me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.” Lucas 4:18 e 19. Ver também Isaías 61:1 e 2.
A ideia de que Jesus fora ungido pelo poder do Espírito de Deus também aparece numa oração dos discípulos de Jesus, na qual se diz que “os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o Seu Ungido; porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o Teu santo Servo Jesus, ao Qual ungiste.” Actos 4:26 e 27.
Talvez a passagem mais clara sobre o assunto, revelando a íntima relação entre o baptismo de Jesus, unção pelo Espírito Santo e o início do Seu ministério messiânico, seja a de Actos 10:37 e 38: “Vós conheceis a palavra que se divulgou por toda a Judéia, tendo começado desde a Galiléia, depois do batismo que João pregou, como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o Qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com Ele.”. Desse texto se conclui, com clareza, que, por ocasião de Seu baptismo, Jesus foi ungido pelo Espírito Santo e começou a Sua obra de pregação do Evangelho.

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