segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O TEXTO QUE FALTA – TEXTOS SOBRE O DOMINGO


Porque é que tantas pessoas vão à igreja ao Domingo em vez do Sábado que Jesus guardou? Deus transferiu a bênção do sétimo dia da semana para o Domingo depois de Jesus ter morrido se é assim a Bíblia deve falar disso.
Como cristãos queremos ter a nossa fé firmada na Bíblia. Vamos ler todas as passagens que mencionam o Domingo, o primeiro dia da semana, para ficarmos a saber o que a Bíblia nos diz sobre a alteração do Sábado para o Domingo. Se houve uma alteração da parte de Jesus ou dos apóstolos devemos encontrá-la na Bíblia. Se estiver na Bíblia então queremos segui-la. Se não estiver na Bíblia então não a queremos. Existem exactamente oito textos que mencionam o primeiro dia da semana.
1º Texto:
Mateus 28:1: “No fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.”
Mateus escreveu seis anos depois de Jesus ter morrido na cruz e não mencionou nenhuma alteração. Ele apenas regista que quando o Sábado terminou e o primeiro dia da semana começou, as mulheres foram ao túmulo de Jesus.
2º Texto:
Lucas 24:1-4: “Mas já no primeiro dia da semana, bem de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. E acharam a pedra revolvida do sepulcro. Entrando, porém, não acharam o corpo do Senhor Jesus. E, estando elas perplexas a esse respeito, eis que lhes apareceram dois varões em vestes resplandecentes.”
Mais uma vez estes textos apenas dizem que as mulheres foram ao túmulo de Jesus no Domingo de manhã, levando especiarias para perfumar o corpo de Jesus. Elas ficaram chocadas e muito surpreendidas quando descobrem que o Seu corpo já não está lá.
3º Texto:
Marcos 16:1-4: “Ora, passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro muito cedo, ao levantar do sol. E diziam umas às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro? Mas, levantando os olhos, notaram que a pedra, que era muito grande, já estava revolvida.”
Marcos escreve 10 anos depois da morte de Jesus e ele também não diz nada acerca da mudança. Conta a mesma história que os outros escritores do evangelho. As mulheres não conseguiram terminar as cerimónias fúnebres na Sexta-feira antes do Sábado começar, portanto elas descansaram no Sábado e voltaram no Domingo de manhã para terminar.
4º Texto:
Marcos 16:9-11: “[Ora, havendo Jesus ressurgido cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demónios. Foi ela anunciá-lo aos que haviam andado com ele, os quais estavam tristes e chorando; e ouvindo eles que vivia, e que tinha sido visto por ela, não o creram.”
Este texto diz-nos que Jesus ressuscitou no Domingo de manhã. Maria Madalena foi a primeira a vê-l´O. Ela correu a contar as boas notícias aos discípulos. Eles acreditaram nela? Não.
Na realidade, se formos a João 20, podemos ler o que Jesus disse a Maria quando Ele lhe apareceu na manhã da ressurreição.
João 20:11-18: “Maria, porém, estava em pé, diante do sepulcro, a chorar. Enquanto chorava, abaixou-se a olhar para dentro do sepulcro, e viu dois anjos vestidos de branco sentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. E perguntaram-lhe eles: Mulher, por que choras? Respondeu-lhes: Porque tiraram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. Ao dizer isso, voltou-se para trás, e viu a Jesus ali em pé, mas não sabia que era Jesus. Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, julgando que fosse o jardineiro, respondeu-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, virando-se, disse-lhe em hebraico: Raboni! - que quer dizer, Mestre. Disse-lhe Jesus: Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. E foi Maria Madalena anunciar aos discípulos: Vi o Senhor! - e que ele lhe dissera estas coisas.”
Na sua primeira conversa após a ressurreição, Ele não menciona uma mudança nem nos dá instruções para guardarmos o Domingo em honra da ressurreição.
5º Texto: João 20.
João 20:1: “No primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra fora removida do sepulcro.”
João escreve 60 anos depois da morte de Jesus e também não nos diz nada acerca da alteração. Ele diz o mesmo que os outros.
6º Texto:
João 20:19: “Chegada, pois, a tarde, naquele dia, o primeiro da semana, e estando os discípulos reunidos com as portas cerradas por medo dos judeus, chegou Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco.”
Alguns dizem com base neste texto que os discípulos estavam a guardar o primeiro Domingo, reunidos para adorar o Senhor ressuscitado. Mas repare no que este texto realmente diz. Eles estavam reunidos ali “com medo dos judeus.” Eles tinham medo de ser os próximos a ser mortos. (Marcos 16:14).
7º Texto:
1ª Coríntios 16:1-3: “Ora, quanto à coleta para os santos fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galiléia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder, conforme tiver prosperado, guardando-o, para que se não façam coletas quando eu chegar. E, quando tiver chegado, mandarei os que por carta aprovardes para levar a vossa dádiva a Jerusalém.”
Há quem diga que este texto fala de uma oferta que é levada à igreja ao Domingo de manhã. Mas o texto não diz isso. Repare que o texto diz: “cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar”. O original em grego diz: “que cada um ponha de parte e guarde em casa”; “cada um de vós ponha de parte o que puder, conforme tiver prosperado, guardando-o” (João Ferreira de Almeida Actualizada); Não era uma ordem para levar as ofertas à igreja, mas para as juntar em casa ao Domingo.
Que oferta era este e o que estava a acontecer em Jerusalém? Veja os textos:
Actos 11:27-29: “Naqueles dias desceram profetas de Jerusalém para Antioquia; e levantando-se um deles, de nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome por todo o mundo, a qual ocorreu no tempo de Cláudio. E os discípulos resolveram mandar, cada um conforme suas posses, socorro aos irmãos que habitavam na Judeia.” Havia fome em Jerusalém.
Romanos 15:25-28: “Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos. Porque pareceu bem à Macedónia e à Acaia levantar uma oferta fraternal para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém. Isto pois lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes das bênçãos espirituais dos judeus, devem também servir a estes com as materiais. Tendo, pois, concluído isto, e havendo-lhes consignado este fruto, de lá, passando por vós, irei à Espanha.” Esta oferta era destinada a ajudar os cristãos em Jerusalém que estavam a passar por um período de escassez.
Não há nada em 1 Coríntios 16 que nos diga que o Sábado foi alterado. Os cristãos encontravam-se em casa a juntar comida e dinheiro para enviar a Jerusalém onde havia pessoas a passar necessidades.
8º Texto:
Actos 20:7-11: “No primeiro dia da semana, tendo-nos reunido a fim de partir o pão, Paulo, que havia de sair no dia seguinte, falava com eles, e prolongou o seu discurso até a meia-noite. Ora, havia muitas luzes no cenáculo onde estávamos reunidos. E certo jovem, por nome Êutico, que estava sentado na janela, tomado de um sono profundo enquanto Paulo prolongava ainda mais o seu sermão, vencido pelo sono caiu do terceiro andar abaixo, e foi levantado morto. Tendo Paulo descido, debruçou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, pois a sua alma está nele.”
Este texto é muitas vezes apontado como prova de que os discípulos adoravam o Domingo já que eles estavam a partir o pão e a pregar. Vamos ver alguns pormenores deste texto.
Em primeiro lugar, pregar e partir o pão não é característica dum dia santo. Eu já parti o pão de santa ceia e já ouvi e preguei ao Domingo. Partir o pão não significa que estavam a realizar em serviço de comunhão. Vamos confirmar:
Actos 2:46 “E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração.” Eles partiam o pão todos os dias e não apenas ao Domingo.
Actos 27:33-35:”Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais e permaneceis em jejum, não havendo provado coisa alguma. Rogo-vos, portanto, que comais alguma coisa, porque disso depende a vossa segurança; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós. E, havendo dito isto, tomou o pão, deu graças a Deus na presença de todos e, partindo-o começou a comer.”
Paulo partia o pão com aqueles que não eram crentes. Isso significa que estavam a tomar uma refeição.
Em segundo lugar, este evento, na realidade, teve lugar num Sábado à noite e não num Domingo de manhã como muitos pensam. Repare que Paulo pregou até à meia-noite, havia muitas luzes (estava escuro lá fora), Eutico adormeceu (já era muito tarde), e Paulo pregou até ao nascer do dia e depois saiu de viagem.
Esta era definitivamente a parte escura do primeiro dia da semana, que seria Sábado à noite (Génesis 1:5,8). Paulo pregou no Sábado à noite e saiu de viagem no Domingo de manhã. Ele não foi à igreja no Domingo de manhã! Este texto contesta a guarda do Domingo uma vez que Paulo parte para uma longa viagem no Domingo de manhã e não santifica este dia.
E os outros textos que dizem que a lei foi pregada na cruz?
Estudámos estes textos (pode encontrá-los neste BLOG). Realçamos com evidências bíblicas que a lei que foi pregada na cruz foi a lei cerimonial dos sacrifícios. Como Jesus morreu como o verdadeiro sacrifício, já não precisamos de fazer sacrifícios nem de guardar os Sábados anuais tais como a Páscoa.
O outro texto que alguns usam para apoiar a guarda do Domingo;
9ª Texto:
Romanos 14:5,6: “Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.”
Aqui não diz que o Sábado do quarto mandamento foi alterado. Este capítulo trata de um problema, da igreja primitiva, entre os judeus cristãos e os gentios convertidos por causa da comida que era sacrificada aos ídolos e dos dias santos da lei cerimonial de Moisés (ver 1 Coríntios 8:4-12 e Actos 15:1,2,19-21). Paulo ensinou que as pessoas não se deviam preocupar com as leis cerimoniais tais como a circuncisão, mas que deviam guardar os mandamentos (incluindo o Sábado). (Ler 1 Coríntios 7:19 numa tradução moderna). Paulo guardava o Sábado (Actos 17:2, 18:4).
Pesquisámos no Novo Testamento à procura de um texto claro que nos indicasse que o sétimo dia, o Sábado, foi alterado para o Domingo. Se esta informação de grande importância estivesse na Bíblia seria de esperar uma mudança. Os judeus mantiveram a santificação do Sábado durante séculos. Uma mudança desta magnitude seria um assunto que causaria um debate aceso. (Semelhante ao debate acerca da circuncisão. Actos 15). Mas só encontramos silêncio.
Existe apenas uma mudança registada na Bíblia e que se encontra em Daniel 7:25: “Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.”
Enquanto a ponta pequena tem tentado mudar os tempos e a lei de Deus, podemos estar confiantes nas palavras que se encontram:
Malaquias 3:6: “Pois eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.”
Hebreus 13:8:”Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente.”
Neste mundo em constante mudança, Jesus não muda. Podemos estar seguros e sentirmo-nos bem seguindo Jesus e a Bíblia. Com ela nunca nos enganamos. Vamos agradecer-Lhe pela Sua graça sempre constatne.

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