segunda-feira, 16 de agosto de 2010

CONFLITO ENTRE O BEM E O MAL

Quem é realmente quem? Que solene pergunta? Mas quem terá a resposta? No conflito entre o Bem e o Mal, tanto quanto saibamos, só um único livro tem autoridade para falar e nos esclarecer – as Sagradas Escrituras!
Vejamos, muito brevemente, o capítulo 13 do Apocalipse, que mais não é do que a descrição, em detalhe, do quanto acabámos de analisar acima. Aqui encontramos alguns elementos desta mesma tensão. Este capítulo fala-nos do Dragão e de duas bestas: 1- Uma que vem do mar – v. 1-10; 2- Outra que vem da terra – v. 11-18.

a) A Besta do mar
Na sequência das possíveis interpretações, esta “besta que sobe do mar reconhecemos ser o Império idólatra dos 10 primeiros Césares”, ou um poder contrário a Deus , o “Anticristo”.
O v. 4 diz: “Adoraram o Dragão porque deu à besta o seu poder e adoraram a besta, dizendo: «Quem é semelhante à Besta (…)»”. (sublinhado nosso). Numa primeira conclusão vemos que o Dragão é adorado pela besta, assim como esta última também o é!
Note-se, inerente a esta besta, uma particularidade interessante! Esta, após ser ferida de morte, recupera e os seus adoradores exclamam: “Quem é semelhante à Besta”! Em primeiro lugar, este título, encontramo-lo, no Antigo Testamento, unicamente atribuído ao próprio Deus: 1- “Quem entre os deuses é como Tu, Senhor (…)” – Êxodo 15:11; 2- “(…) «Senhor, quem é como vós?» (…)” – Salmo 35 (34):10. Em segundo lugar, este mesmo título está associado a Miguel (Mi ka ‘el) - Aquele que luta pelo povo de Deus.
O livro do profeta Daniel revela-nos que: “(…) Miguel, um dos principais Príncipes, veio em meu socorro (…). Ninguém me ajuda nestes trabalhos a não ser Miguel, o vosso Príncipe” – Daniel 10:13,21. No livro do Apocalipse: “Travou-se, então, uma batalha no céu: Miguel e os seus anjos pelejavam contra o Dragão (…)” – Apocalipse 12:7.
O título “Miguel, na angelologia de Daniel, é o anjo que conduz o povo de Deus e o defende contra os seus inimigos. O seu nome significa: «Quem é como Deus?»”
A besta, neste grito de vitória dito pelos seus adoradores: - “Quem é semelhante a” - está a chamar a si mesma um título que pertence, como vimos, exclusivamente, à divindade!
Isto quer dizer que neste capítulo 13 estamos em presença de: dois chefes supremos, duas forças e, consequentemente, de duas religiões! Ainda neste capítulo, e como veremos mais abaixo no detalhe, quando abordarmos a sua marca de identificação, veremos uma espécie de “Trindade Satânica”, constituída pelo: 1- Dragão; 2- Besta do mar; 3- Besta da terra.
Iremos, de seguida, fazer algumas comparações entre estes dois poderes, estas duas expressões - “Quem é semelhante a”. Vejamos:

b) A Besta da terra
Esta profecia, começa por dar a conhecer um pormenor estranho, esta tem: “(…) dois chifres semelhantes aos de um cordeiro, mas falava como o dragão” - V. 11. Quem poderá ser esta segunda besta vinda da terra? Transcreveremos uma ideia que, apesar de ser expressa por outras palavras é comum a muitos comentadores: “Se se reconheceu na primeira besta o símbolo do Império divinizado, é normal que se veja nesta segunda o falso profeta, o sacerdote imperial”.
O texto bíblico continua e diz: “(…) e obrigava a terra e os seus habitantes a adorar a primeira besta” – v. 12. Aqui notamos uma coisa interessante: Contrariamente à primeira besta, esta não chama a si qualquer adoração mas, unicamente obriga a adorar a primeira besta! Será que isto quererá dizer que esta segunda besta não é, a exemplo da primeira, um poder religioso mas político, na medida em que vai ao ponto de usar meios coercivos para se fazer obedecer? Pensamos que sim!
Eis algumas das suas características:

1-Foi-nos dito que tinha algo de “cordeiro” mas que, por oposição, falava como o “dragão”. Aparentemente é mansa - como um cordeiro – mas escondendo a arrogância e ferocidade de um – dragão! Esta “(…) persuadiu-os a fazer uma imagem da Besta que sobrevivera ao golpe da espada” – v.14. Esta age sob o poder do Dragão, o qual já sabemos de quem se trata!

2- Logo a seguir, somos informados que esta “exercia todo o poder da primeira besta (…) – v. 12. Se assim acontece e, tendo em conta que esta primeira besta recebe o seu poder do Dragão v.4, então ambas actuam sob o mesmo patronato – o Dragão!

3- “(…) persuadiu-os a fazer uma imagem da Besta que sobrevivera ao golpe da espada” – v.14. (sublinhado nosso). Segundo somos esclarecidos por alguns comentadores, estas bestas representam o sistema imperial romano! No entanto, este texto esclarece que a primeira besta reviveria! Será que iremos ter, de novo, um Império como o do passado ou este pequeno pormenor quer revelar-nos outra realidade bem diferente? Assim, a identificação feita pela generalidade dos comentadores não nos parece lá muito sólida, convenhamos!

c) Autoridade ou submissão?
Quando lemos o capítulo 13 do Apocalipse, é-nos declarado que o Dragão dá a estas duas bestas um grande poderio. Mas se fizermos uma leitura mais atenta, veremos que este “poderio” não é mais do que uma situação episódica, muito embora se estenda pelo tempo longo!
Assim, em ambas as bestas encontramos uma característica que lhes é comum, isto é, a forma verbal – Edothê (consentir em dar). Esta é um derivado do verbo – Didômi (dar). Portanto, um SER muito acima do Dragão lhe outorga poder para que este, por sua vez, o conceda a outrém!

1- Quanto à besta do mar: é-nos dito que: 1- “Foi-lhe permitido (Edothê) proferir
palavras arrogantes (…) e deram-lhe (Edothê) o poder de agir (…)” - v. 5; 2- “Foi-lhe permitido (Edothê) fazer guerra aos santos (…); deu-se-lhe (Edothê) poder sobre (…)” – v. 7.

2- Quanto à besta da terra: as Escrituras informam-nos que executará: 1- “(…) prodígios que lhe foi permitido (Edothê) fazer (…)” – v. 14; 2- “Foi-lhe concedido (Edothê) o poder de (…) v. 15.

Que quererá isto dizer? Apesar do Dragão ter tanto poder, tudo o que faz é sob – autorização, permissão, concessão! Isto faz-nos recordar um certo professor que tivemos que dizia a respeito de Satanás: “o raio de acção desta personagem é o mesmo do de um cão feroz”! Por outras palavras, a ferocidade deste é igual ao tamanho da corda que o prende à casota. Pois se estivermos um pouco afastados desta corda, para que servirá a sua ferocidade? Ele não nos consegue alcançar porque a corda é curta, não é verdade?
Assim se passa o mesmo com Satanás. Ele só vai até onde Deus o permitir, até onde a corda esticar, nem mais um centímetro! Assim sendo, esta personagem não tem o direito natural de: 1- Governar; 2- E, muito menos… de ser Adorada!
Ora, se esta permissão (Edothê) lhe é outorgada, também esta acção implica, forçosamente, a existência de um período de tempo útil, não para todo o sempre! Por outras palavras – este poder - lhe será retirado, até mesmo a sua própria existência! O poder lhe foi outorgado e, num determinado tempo, este lhe será retirado por esse Ser Todo Poderoso – o Grande DEUS Criador!
Qual o porquê desta outorga de poder; a existência do Mal e respectivos representantes? Será pelo prazer de ver sofrer os Seus filhos? Leiamos a resposta dada pelo Senhor na Sua Palavra: “Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapasse as forças humanas. Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças. Pelo contrário, junto com a tentação, também vos dará meios de suportá-la para que assim possais resistir-lhe” – I Coríntios 10:14; ou ainda “Feliz o homem que suporta a provação, porque depois de ter sido provado, receberá a coroa da vida que o Senhor prometeu aos que O amam” – Tiago 1:12.
Como é que provamos, mesmo até a nós mesmos, que amamos de verdade se não formos testados acerca do que dizemos amar e querer? Deus deseja formar um povo, homens e mulheres de fibra. Exactamente como alguém o disse: “homens que se não comprem nem se vendam; homens que, no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exacto; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é recto, ainda que caiam os céus”. Eis o objectivo supremo do teste.

d) O Prodígio
A besta aproveitará o dom que Deus lhe outorgou – o Tempo! Tentará fazer o máximo no pouco tempo que lhe resta! Não foi o Tempo criado por Deus? Satanás sabe-o muito bem! E, permita-nos que o diga: sabe-o muito melhor do que nós! Ele tem consciência do “pouco tempo” que lhe foi concedido para que possa actuar! Só que este “tempo” é relativo; para ele, devido à sua dimensão cósmica, não para nós que estamos limitadíssimos no tempo!
O nosso tempo de existência, grosso modo, em média são 70 anos, enquanto que ele permanece! Tantas e tantas vezes desperdiçamos o nosso tempo em futilidades! Este nunca o faz! Vejamos dois avisos de Deus acerca desta personagem, ligados ao tempo: 1- “Sede sóbrios e vigiai! O diabo, vosso adversário, anda ao redor de vós como um leão que ruge, buscando a quem possa tragar (…)” – I Pedro 5:8 (sublinhado nosso); 2- “Ai dos que vivem na terra e no mar, porque o Demónio desceu sobre vós, cheio de furor, sabendo que já tem pouco tempo” – Apocalipse 12:12 (sublinhado nosso).
Portanto, em síntese: 1- Convite à vigilância; 2- Denunciado o Adversário; 3- Busca incessante de incautos; 4- Inimigo cheio de ódio; 5- Sabe que tem pouco tempo.
Mas existe uma promessa: o verdadeiro filho de Deus será VENCEDOR! Sim, prezado leitor, apesar de tudo isto, da dureza das provas e aflições, o povo de Deus vencerá! Mas como? Com que poder? O livro do Apocalipse o revela claramente! Ora veja: “Eles venceram-no pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho (…)” – Apocalipse 12:11. Aqui temos o segredo da vitória.
Em Apocalipse 12:17, como vimos, encontrámos o objecto da ira do Dragão. Vejamos, em paralelo as semelhanças entre os dois textos:
Se virmos bem: as razões que motivam a guerra do Dragão são as mesmas que produzirão a vitória dos filhos de Deus! Ou seja: os vitoriosos só poderão ser aqueles que manejam bem a “palavra do seu testemunho”; aqueles que aproveitam o melhor possível o tempo que lhes foi dado por Deus para conhecerem o Seu “testemunho” – a Sua Palavra!
Assim, como o seu tempo será curto, para que consolide o seu prestígio; e para que a demonstração do seu poder fique sem qualquer contestação, operará grandes prodígios, como se de Deus! Esta manifestação de poder será de tal ordem que “(…) até fez descer fogo do céu sobre a terra, à vista de todos os homens” – Apocalipse 13:13.
Este tipo de manifestação de poder não é nada de novo! Recordamos aqui o episódio do profeta Elias quando orou para que Deus se manifestasse através do fogo: “De repente o fogo do Senhor baixou do céu e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras, a poeira e até mesmo a água do sulco” – I Reis 18:38; cf. II Reis 1:10.
Mais tarde, esta manifestação será recordada por dois discípulos de Jesus – quando os samaritanos os não receberam. Estes, indignados, perguntaram a Jesus: “«Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma?»” – Lucas 9:54
O profeta Elias é recordado porque, segundo a profecia de Malaquias: “Eis que vou enviar-vos o profeta Elias, antes que chegue o meu dia, grande e terrível. Ele aproximará o coração dos pais do dos filhos (…) – Malaquias 3:23,24 (4:5,6). Assim, a besta procederá “como Elias, chamando fogo do céu à vista de todos os homens. Como um falso Elias ela preparará o caminho para o falso Messias”.
Estes prodígios têm uma particularidade interessante: “Engana os habitantes da terra com os prodígios que lhe foi permitido fazer (…) – Apocalipse 13:14 (sublinhado nosso). Mas como é que isto é possível? Será que o fogo é irreal? Será que não se vê? Será que é só uma aparência de fogo? Continuamos a pensar na literalidade do texto! Então se assim é, onde é que está o engano? Quanto a nós, este reside não na manifestação, porque é visível, mas em nome de quem tudo é feito!
Tudo se passará em nome de Deus! Para aqueles que, uma vez mais, não conhecerem a Palavra de Deus e os Seus ensinos acerca desta personagem e métodos de actuação - tudo se passará em nome de Deus! Só que a verdade é outra, bem diferente! Repetimos: só o conhecedor das Escrituras saberá distinguir a subtileza do erro! Ele não será desmascarado de outra forma! Tal qual como vimos acima, ele será desmascarado e vencido, somente por aqueles que “têm a palavra do Seu testemunho”.
Jesus, já no Seu tempo alertou os seus discípulos para os sinais do fim do tempo, da história desta terra. Ele disse: “hão-de surgir falsos Cristos e falsos profetas que farão grandes milagres e prodígios, a ponto de desencaminharem, se possível, até os eleitos” – S. Mateus 24:24 (sublinhado nosso). Que prodígios serão estes assim tão sublimes que, “se possível desencaminharão os próprios eleitos”? Veja! Se isto poderá até “desencaminhar” os que conhecem, então o que há-de acontecer àqueles que nada conhecem? Uma vez mais, para estes últimos, tudo se passará como sejam fenómenos feitos pelos verdadeiros servos de Deus!
E quanto ao poder de Satanás? S. Paulo o esclarece: 1- “Esses tais falsos apóstolos, operários desonestos, que se disfarçam em apóstolos de Cristo. E não é de estranhar, porque o próprio Satanás, se disfarça em anjo de luz” – II Coríntios 11:13,14 (sublinhado nosso). Se se disfarça é porque não é a entidade que está a representar, não é verdade? Este poder fará tudo para parecer ser o que, infelizmente, sempre desejou ser – igual a Deus – como acima já o dissemos! Pobre criatura!; 2- A sua derradeira cartada de mestre será imitar o esplendor que acompanhará a segunda vinda de Jesus.
S. Paulo nos alerta para este facto: “Então aparecerá o ímpio, que o Senhor Jesus destruirá com o sopro da Sua boca e aniquilará com o resplendor da Sua aparição. A vinda do ímpio será acompanhada, graças ao poder de Satanás, de toda a espécie de milagres, de sinais e de prodígios enganadores” – II Tessalonicenses 2:8,9 (sublinhado nosso). Já reparou? Ele virá, precedido por grandes milagres, sinais e prodígios - de MENTIRA! Graças a Deus porque não nos deixa em trevas acerca do que irá acontecer!
E nos nossos dias, o que é que está a acontecer? Nada de novo, ou algo que nos faça pensar, em termos espirituais? Vejamos: Hoje, mais do que nunca, os Movimentos religiosos não cessam de aparecer! E o que é que têm para oferecer? Tudo o que o prezado leitor desejar ouvir! Porque não uma cura?! Passando por cima de fraudes financeiras e afins, destas ditas confissões religiosas, iremos ver este procedimento, unicamente à luz do quanto vimos até aqui:
O que é que as Escrituras nos dizem a este respeito? Através delas será que poderemos detectar a falsificação destes actos praticados em nome de Deus? Uma vez mais, a Palavra de Deus tem a resposta. Vejamos: “Pelos seus frutos, pois, os conhecereis. Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade de Meu Pai que está nos Céus. Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não foi em Teu nome que profetizámos, em Teu nome que expulsámos os demónios e em Teu nome que fizemos muitos milagres? E então, dir-lhes-ei: Nunca vos conheci; afastai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade.” – S. Mateus 7:20-23.
Vamos a imaginar a cena: Jesus encontra-se, permitam-nos, à porta do reino dos Céus. Ali se apresentarão os eventuais usufrutuários e apresentarão as suas credenciais! Estas quais são? Nós fizemos isto e mais isto – EM TEU NOME! E, para que não hajam dúvidas até trouxemos o vídeo respectivo das sessões feitas na Igreja! E eis que agora Tu nos dizes: “Nunca nos conheceste”? Mas que brincadeira vem a ser esta? Então, os milagres, curas, exorcizações e profetismo? Estas manifestações foram feitas em nome de quem? Segundo o vídeo que trouxemos, tudo foi feito no TEU NOME! Repare que, este candidato à eternidade tinha a impressão de ter invocado o nome de Jesus… não o do (outro)!
Pois é, tudo em nome de Jesus…e Ele nunca ali esteve! Que tristeza, não é verdade? Não esqueçamos o conselho áureo do próprio Jesus: “Pelos seus frutos, pois, os conhecereis. Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade de Meu Pai que está nos Céus (…)”. É aqui, prezado amigo leitor, que reside o cerne da questão! A nossa religiosidade não pode ser só - o faz de conta, a aparência, a maioria, o parece bem, nada mais! Por isso Cristo acrescentou: 1- “Nunca vos conheci;”; 2- “afastai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade (Anomia)” – isto é, ilegalidade, injustiça, pecado.
Poderia a Palavra de Deus ser mais clara? Cremos nela encontrar tudo quanto precisamos, a nível da informação para resistir ao embate final que se avizinha! Preparemo-nos, eis o convite da Palavra de Deus a todos aqueles que desejam vencer pelo Seu testemunho – a Sua Palavra!

e) Adoração
Quem é que tem direito à adoração? A resposta é única: DEUS! E porquê? Pela simples razão de que só Ele é o Criador “dos céus, da terra, do mar e de tudo o que existe” – Apocalipse 14:7
Devido ao seu estatuto de “criaturas criadas”, por muito excelsas que o sejam, não têm esse direito, repetimos! Certa vez, Simão Barjonas recebeu na sua casa um gentio romano chamado Cornélio. Este, ao aproximar-se “(…) caindo-lhe aos pés, prostrou-se (Proskuneô). O apóstolo levantou-o, dizendo: «Levanta-te, que eu também sou homem»” – Actos 10:25,26. No Apocalipse encontramos: 1- Quando S. João se preparava para adorar o anjo que com ele falava: “Prostrei-me aos seus pés para o adorar (Proskuneô), mas ele disse-me: «Não faças isso; sou um servo como tu e como os teus irmãos (…)” – Apocalipse 19:10; 2- “Depois de as ver e ouvir prostrei-me aos pés do anjo, que mas mostrava, para o adorar (Proskuneô). Mas ele disse-me: «Não faças isso! Sou um servo como tu (…). Adora (Proskuneô) a Deus” – Apocalipse 22:8,9
Portanto, pudemos ver que, quer anjos e homens, todos estão excluídos do direito à adoração. E quanto ao Dragão, o Diabo, Satanás, a antiga Serpente? É um deus ou só um anjo magnífico em poder? Quem é ele? A Bíblia o trata por muitos nomes: Acusador, sedutor, pai da mentira, príncipe deste mundo, anjo de luz, etc, etc.
No profeta Ezequiel encontramos uma descrição acerca do rei de Tiro. Mas, de uma forma velada, o texto em questão vai muito para lá deste monarca, pois representa uma outra realidade que não o rei de Tiro. Vejamos o texto: “Estavas no Éden, jardim de Deus; cobrias-te de toda a espécie de pedras preciosas (…) desde o dia em que foste criado. Eras um querubim (anjo) protector (…). Eras irrepreensível em tua conduta desde o dia em que nasceste, até que se achou iniquidade em ti.” – Ezequiel 28:13-15.
Pelo teor dos versículos, vê-se claramente que a realidade tem outra dimensão para além do humano rei de Tiro! Este nunca esteve no jardim do Éden e, muito menos, era um “querubim”! Este deve ser um dos versos bíblicos que esta entidade mais odeia! Sabe porquê? Porque põe a nu aquilo que ele sempre foi: uma criatura criada! Porque, só um ser Criador é que tem direito à Adoração! E, tanto quanto saibamos, este poder está ausente desta entidade! Provas? As Escrituras no-lo revelam claramente. Vejamos alguns exemplos bíblicos: as Pragas do Egipto; até que ponto esta personagem tentou anular o plano de Deus para o Seu povo:
Água em sangue “(…) Araão levantou a vara e todas as águas se transformaram em sangue” – Êxodo 7:19,20 “(…) Os magos do Egipto fizeram o mesmo com os seus encantamentos (...)" - Êxodo 7:22

Rãs “(…) estende a tua vara e manda subir rãs (…) – Êxodo 8:1(5) “Mas os magos do Egipto fizeram o mesmo com os seus encantamentos (...)" - Êxodo 8:3(7)

Mosquitos “(…) fere o pó da terra e este transformar-se-á em mosquitos (…). Todo o pó da terra se transformou em mosquitos.” – Êxodo 8:12,13,(16,17) “Os magos lançaram mão dos seus encantamentos, mas não conseguiram. (…). Eles disseram ao Faraó: «Está aí o dedo de Deus»” – Êxodo 8:14,15,(18,19)

O que é que este quadro nos mostra? Exactamente as limitações do seu enorme poder! Só numa manifestação é que falhou! Sim, prezado leitor, não conseguiu dar poder a estes magos para poderem imitar a 3ª praga! Porquê? Porque se tratava de um ACTO CRIADOR! As pragas anteriores consistiam em suscitar o que já existia! Esta última visava fazer com que o pó se “transformasse” num ser vivo! Perante esta impossibilidade, os falsos criadores tiveram que reconhecer, vencidos, que aquilo os ultrapassava, mesmo ao seu patrono, porque era um acto digno do “dedo de Deus”!
Assim, com este pano de fundo, já poderemos compreender o porquê da segunda besta ter que usar meios coercivos, mesmo a morte, para obrigar aqueles que o não desejam fazer, isto é, – adorar a besta e a sua imagem! Não o querem fazer! Não porque sejam teimosos ou mal educados, mas porque sabem que só o verdadeiro Deus tem esse direito – o Deus Criador.
O convite é feito por Deus; somos livres de o aceitar ou não; a opção é nossa e feita em toda a liberdade! Este tem o seguinte teor: “«Temei a Deus e dai-lhe glória, porque chegou a hora do seu julgamento. Adorai (Proskuneô) Aquele que fez o Céu e a Terra, o mar e as fontes das águas»” – Apocalipse 14:7 (sublinhado nosso).
Este é o convite a todo o ser vivente. Compete-nos, pois, fazer a melhor escolha!

f) A Marca
Falámos acima na junção destes três poderes, que por sua vez, formavam “a Trindade da imperfeição”.
No final da actuação da besta da terra, é lançado um desafio ao leitor mais atento, quando é dito: “É aqui que é preciso sabedoria. Quem for dotado de inteligência calcule o número da Besta, porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis” – Apocalipse 13:18. Que número será este: 666? Quanto já foi dito e escrito a propósito?! Que poderemos nós, a este nível, acrescentar de “inteligente”? Todavia, gostaríamos de tecer umas breves considerações:
No senso comum o número 7 (sete) é o da perfeição; o número de Deus, da plenitude.
O Sétimo dia da obra criadora é um tempo sagrado – um pilar da Criação! Todo o contexto fala de ADORAÇÃO! Quando nesta se fala, entende-se a Criação por intermédio de um Deus Criador – Apocalipse 14:7. E qual é, dos dias da semana, o memorial da Criação e o qual também nos revela o nome do Criador de todas as coisas? Uma vez mais, é o 7º dia – o Sábado (Êxodo 20:8-11)!
Assim, o número 7 (sete) é um número, em termos religiosos, verdadeiro! É o número santificado por Elohim; é a pluralidade da divindade. Assim sendo, esta santidade só se poderá manifestar de uma forma tripla, isto é: Deus, o Pai = 7; Deus, o Filho = 7; Deus, o Espírito Santo = 7, portanto, não queremos chegar ao 777 (Setecentos e setenta e sete) mas a três números iguais em significado e plenitude: 7- 7- 7.
Quanto ao 6 é um número abaixo do 7. Nunca será o número da perfeição, da Criação, sem o Sábado. É, por conseguinte, um número imperfeito, o número do homem sem religião, sem Deus! Assim, de igual modo, por analogia, tal como o referimos acima, estamos perante uma Trindade Satânica, a saber: O Dragão = 6; a besta do mar = 6; a besta da terra = 6. Não nos alongaremos em explicações, quiçá, especulativas, acerca de quem aqui é representado! Para nós, neste preciso contexto, faremos a associação destas três forças malignas: 6- 6- 6! Este número 6 é quase, mas não é: a Plenitude, a Perfeição, a Verdade!
Assim, “666, o número da besta, é um querer e não poder; pois por mais que se esforce, nunca chegará a 7 7 7”. Que comparação poderá existir entre os números 6-6-6 e 7-7-7? Matematicamente e teologicamente, são diferentes! A não ser a veleidade de querer parecer ser 7-7-7, mesmo que para isso tenha que recorrer à mais extrema violência! Quanto a nós tudo está simples, compreensível, coerente racionalmente e em consonância, esperamos, com o espírito da letra do texto.

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