sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A IGREJA DE ROMA E O SEGUNDO MANDAMENTO DA LEI DE DEUS

Já aflorámos, ao de leve, este 2º mandamento da Lei de Deus. Os 10 mandamentos foram dados ao homem para que este soubesse como proceder numa dupla relação: 1- Com Deus; 2- Com o próximo.
É interessante que no Catecismo, na transcrição dos 10 Mandamentos de Deus,

omite o 2º, incluindo-o no 1º! Depois, um pouco mais adiante, justiça seja feita, aborda uma única frase deste 2º mandamento, a saber: “Não farás para ti qualquer imagem de escultura”. De seguida, refere que “no sétimo Concílio Ecuménico de Niceia, em 787, justificou o culto dos ícones: de Cristo e também de Maria mãe de Deus, dos anjos, e de todos os santos. Encarnando o Filho de Deus inaugurou uma nova economia das imagens”.
Sem entrarmos nos pormenores que intervieram para que tal pudesse ser aprovado, este nos informa que: “(…) O Concílio Ecuménico de Niceia, em 787, justificou (…)”. Perguntamos: E quanto a Deus? Será que a Sua Palavra o autoriza ou passou a justificar? Uma vez mais, os preceitos e vontades dos humanos prevalecem sobre as Escrituras! Será mesmo teimosia ou falta de conhecimento? Qual será a verdadeira razão?
Numa tentativa para demonstrar que Deus - ordenou e permitiu - a instituição de imagens, o Catecismo cita dois exemplos bíblicos: 1- A serpente de bronze; 2- A Arca da Aliança com os querubins. Gostaríamos de tecer um breve comentário acerca destas hipotéticas razões para apoiar a adoração e culto prestado às imagens de escultura.

a) Arca da Aliança
O texto bíblico, acerca do assunto diz: “Ali Me encontrarei contigo; é do alto do propiciatório (tampa da arca), entre os dois querubins dispostos sobre a arca do testemunho que te comunicarei todas as Minhas ordens para os filhos de Israel” – Êxodo 25:22. Eis o texto tal qual é! Onde, perguntamos nós, é que no texto se vê o israelita adorar ou prestar culto, venerar os querubins ali existentes? Em lado nenhum… pelo menos que nós o saibamos!

b) A serpente de bronze
Vejamos, para o efeito, o texto bíblico que a ela se refere: “ O Senhor disse a Moisés: faz uma serpente ardente e coloca-a sobre um poste. Todo aquele que for mordido, olhando para ela, viverá” – Números 21:8. Qual o contexto? Bastará lê-lo para verificar que, devido à transgressão e constante rebeldia do povo, Deus castiga-o enviando serpentes ardentes ao seu encontro! Assim, ao serem mordidos, eram convidados a exercer fé, isto é - olhar- não para a imagem do mal – serpente – pois ela não tinha qualquer virtude curativa, mas, repetimos, deveriam ter fé e olhar para que - olhando - se curassem! Quem se demorasse em tentar compreender o como e o porquê, morreria! Aqui, uma vez mais, onde existe o acto de adoração? Continuamos a afirmar: em lado NENHUM!
Mais tarde, nas Escrituras, voltamos a encontrar uma referência a esta serpente de metal, assim como da sua respectiva destruição! Leiamos o que as Escrituras nos dão a conhecer a propósito: “O rei Ezequias destruiu os lugares altos, quebrou as estrelas e cortou os bosques sagrados. Despedaçou a serpente de bronze que Moisés tinha feito, porque, até então, os israelitas queimavam incenso diante dela” – II Reis 18:4.
Ora, o que é que o texto revela? Unicamente que houve uma reforma religiosa levada a efeito pelo rei Ezequias! E qual foi o resultado? Não é preciso adivinhar, pois o texto apresentado é claríssimo acerca do assunto! E porquê? Porque a adoravam, lhe prestavam culto e lhe queimavam incenso devido às “suas mentes obscurecidas pela apostasia”.
Portanto, prezado leitor, contrariamente ao que o Catecismo refere Deus nunca “ordenou ou permitiu a instituição de imagens (…)”! , Poderia Deus instituir o que sempre proibiu? Como compreender tal paradoxo? Se tal adoração ou veneração ainda subsiste em certas confissões religiosas é porque o ser humano quer, obstinadamente, continuar a contornar a vontade expressa de Deus! E quando assim acontece, inevitavelmente, as contradições são visíveis, como facilmente se entenderá!
Prezado leitor, a escolha está perante cada um de nós. Quanto aos mentores do Catecismo dizem: “o culto cristão das imagens não é contrário ao mandamento que proíbe os ídolos”! Que poderemos fazer se persistem teimosamente a querer tapar o sol com uma peneira com malhas muito largas?
Gostaríamos aqui de reiterar que, tudo quanto dissemos acerca deste assunto, nada, mas mesmo nada, tem que ver com qualquer falta de respeito ou consideração pela mãe do Salvador! O que dissemos até aqui só tem um único propósito: repor a verdade bíblica e corrigir algo que nunca passou pela cabeça de Maria – ser adorada como se de uma deusa se tratasse! Certamente que, caso acontecesse nos nossos dias a sua ressurreição, a exemplo de Simão Barjonas, esta ficaria muito triste com o que têm feito e fazem em seu nome!

Bibliografia:
Êxodo 20:1-17
Catecismo, pp. 441,442
Idem, p. 441
Idem, p. 460, cap. IV
Ibidem, nº 2131
Ibidem
John H. Taylor, Jr., O Comentário Bíblico, I e II Reis e II Crónicas, Lisboa, Ed. Jupec, 1984, p. 107
Catecismo, p. 460, nº 2130
Ibidem, nº 2132

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