sexta-feira, 24 de junho de 2011

O REMANESCENTE E OS 1260 DIAS

Centenas de pessoas assistiam à campanha evangelística naquela noite quando, subitamente, uma mulher foi possuída pelo demónio. Os gritos que ela dava eram horríveis. A multidão aterrorizada olhava para mim como se perguntasse: “O que faremos?” Algumas pessoas tentavam segurar a mulher, mas não conseguiam. As sua força era descomunal. Lançou todos que a seguravam para um lado e, levantando um enorme banco, atirou-o na minha direção. Tive que desviar-me para não ser atingido. Depois, ela começou a aproximar-se de mim, rastejando, soltando espuma pela boca, com os olhos vermelhos como sangue e gritou: “Vou matar-te! Eu não faço nada contra ti e tu vives para me perseguir.”
Ameaça? Medo? Perseguição? Não sei. Ao longo da vida tenho visto muitas vezes pessoas serem possuídas pelo demónio. É um quadro deprimente. Dói ver seres humanos completamente dominados pelas forças do mal. Mas estamos em guerra, já vimos. A guerra começou lá no Céu e transferiu-se para a Terra. E, ao longo da história humana, as tentativas e os métodos que o inimigo tem usado para arruinar o ser humano e desvirtuar a adoração e a obediência devidas a Deus, foram os mais variados.
A mulher e o dragão.
No capítulo 12 de Apocalipse encontramos profetizada mais uma etapa dessa guerra. “Viu-se grande sinal no céu” – começa o relato bíblico – “a saber, uma mulher vestida do Sol com a Lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça, que, achando-se grávida, grita com dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz.
Viu-se outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas.” (Apocalipse 12:1 a 3). Quem é essa mulher? O que ela simboliza? E o dragão? De onde vem e o que quer? O relato bíblico continua “o dragão se deteve em frente à mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o Filho quando nascesse… mas o Filho foi arrebatado para Deus até ao Seu trono.” (Apocalipse 12:4 e 5)
Para entender esta profecia, precisamos volver ao Jardim do Éden. Ao momento triste do confronto do ser humano caído com Deus. Naquela ocasião, estavam presentes o casal de seres humanos e a serpente que os enganara. Note o que Deus disse à serpente: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre tua descendência e o seu descendente. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Génesis 3:15)
Esta é a primeira profecia bíblica. Ao mencionar neste verso a “mulher”, Deus não estava a referir-se
unicamente à mulher ser humano, Ele estava a falar da Sua Igreja neste planeta. Na Bíblia, a Igreja de Deus é simbolizada de várias maneiras. Algumas vezes, ela é comparada ao corpo humano (Efésios 4:12). Noutras, a uma mulher pura que espera pelo noivo (II Coríntios 11:12). Estes simbolismos são confirmados no Apocalipse. Uma mulher pura, vestida do sol, é símbolo da Igreja de Deus (Apocalipse 12:1) e uma mulher prostituta, vestida de vermelho, simboliza a igreja que pertence ao inimigo de Deus (Apocalipse 17:1 a 5). Dois comandantes com os seus respectivos exércitos.
Assim, quando em Génesis 3;15, Deus falou da luta entre a serpente e a mulher, estava a profetizar a luta dos séculos entre o diabo e a Igreja de Deus. “Esta” – diz a profecia referindo-se à Igreja – “te ferirá a cabeça e tu [a serpente] lhe ferirás o calcanhar.” Quando Satanás provocou a morte de Cristo no Calvário, feriu a Igreja no calcanhar. Mas Jesus, através da fidelidade do Seu povo, ferirá o diabo na cabeça.
O dragão ataca a criança.
No capítulo 12 do Apocalipse vemos outro aspecto da luta entre o diabo e a Igreja de Deus. A mulher está grávida, a ponto de dar à luz um “Varão que regerá as nações”. Este sem dúvida alguma, é Jesus, o Salvador do mundo. O profeta Isaías já o profetizara muitos séculos antes da seguinte maneira: “Porque um menino nos nasceu, um Filho se nos deu; o governo está sobre Seus ombros; e o Seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da eternidade, Príncipe da Paz.” (Isaías 9:6). O salmista David O identifica melhor, quando diz que Ele regerá as nações com vara de ferro (Salmo 2:7 a 9); do jeito que é revelado em Apocalipse.
A profecia afirma ainda que “a serpente antiga, que se chama diabo e Satanás” tentaria destruir a Criança logo que Ela nascesse. Não é preciso entender muito de História para saber que Herodes decretou a morte de todas as crianças judias quando Jesus nasceu. A profecia diz que o dragão tinha o propósito de “devorar o Filho”, e a História regista que Herodes decretou a morte das crianças.
Quem estava por trás de Herodes? Percebe a astúcia e o método do inimigo? Ele não se mostra como é. Usa as pessoas, esconde-se atrás delas. Controla-as, domina-as e leva-as a cumprir os seus propósitos escuros.
Marionetes do inimigo.
Evidentemente a mulher que foi possuída pelo inimigo, na noite em que eu pregava, e Herodes, ambos não passavam de marionetes nas mãos do antigo enganador. Ele tentou destruir “o Filho da mulher” e tentará, hoje também, destruir os nossos filhos.
Porventura, está você, como pai, a sofrer por causa de algum filho que se encaminha rumo à destruição? Quem acha que está por detrás das sensações alucinantes das drogas? Quem está por detrás das ideias de liberdade, que não passa de libertinagem, mas que leva a juventude de hoje a viver sem princípios éticos nem morais? “Tudo é permitido”, dizem. Mas destróiem-se ferem-se a si mesmos e destroem o seu futuro.
Outro dia, eu falava com um jovem que fugira da casa dos pais para viver uma vida dissoluta. “Você é o sonho de seus pais”, disse-lhe, colocando a mão mo seu ombro. “Ah, pastor” – respondeu-me – “eu não estou preocupado em realizar os sonhos dos meus pais; quero é realizar os meus próprios sonhos.” Mas, que tipo de realização é essa que leva os jovens de bar em bar pelas ruas toda a noite, sentindo que se estão a autodestruir, mas continuam? Que tipo de sonho é esse que só cria neles vazio, o desespero e a loucura, depois que o efeito da droga passa? Existe uma força oculta por detrás de tudo isso. Lares dividido. Filhos desobedientes. Pais ditadores. Ideais desfeitos. Sonhos estraçalhados. Tudo tem um autor: o dragão que tentou devorar o “Filho da mulher”; e que tentará, hoje, devorar os nossos filhos.
Fuga para o deserto.
Apocalipse 12 continua a apresentar a luta entre a Igreja de Deus e o dragão: “A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe Deus lhe tinha preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias.” (Apocalipse 12:6). Esta profecia fala de perseguição. “O dragão perseguiu a mulher que dera à luz o Filho varão”(Apocalipse 12:13).
→ Foi a Igreja perseguida em alguma época da História?
Os relatos da História provam que sim. A História regista um período escuro da humanidade. Uma época em que se tentou dominar a consciência das pessoas. Perseguiu-se por causa da fé. A Igreja e o Estado uniram-se e, consequentemente, começaram a entrar no seio da Igreja costumes pagãos que a Palavra de Deus condenava e continua a condenar.
A profecia, porém, indicava que a verdadeira Igreja de Deus não perseguiria, mas seria perseguida e, por isso, fugiria para o deserto por um período de 1260 dias. Já vimos que, proféticamente, um dia equivale a um ano (Ezequiel 4:6 e 7; Números 14:34). O que quer dizer que a Igreja verdadeira de Deus se esconderia no deserto por um período de 1260 anos. Durante esse período, as pessoas que “teimavam” em obedecer à Bíblia, e somente a Bíblia, foram cruelmente perseguidas. Muitos, como os Valdenses, tiveram que se esconder nas cavernas das montanhas para poder sobreviver. Quase literalmente, a terra abriu a boca para esconder a “mulher”.
O que provocava tão furiosa perseguição era a obediência que a verdadeira Igreja prestava à Palavra de Deus. Afinal, aquela mulher é apresentada no capítulo 12 de Apocalipse como “vestida do Sol”. O que significa o Sol? Veja como David responde: “Porque o Senhor Deus é Sol e escudo.” (Salmo 84:11) Essa é a Igreja de Deus sem dúvida alguma. E por que tem a Lua sob os pés? Se o Sol é símbolo da justiça de Deus, onde estão refletidos os Seus ensinos e princípios? Mais uma vez David responde: “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra, e luz para os meus caminhos.” (Salmo 119:105)
→ A conclusão é clara: a Igreja de Deus fundamenta os seus ensinos não em tradições humanas, mas na Bíblia, que é a Palavra de Deus. Esse foi o motivo da grande perseguição religiosa. O poder perseguidor não podia aceitar que os seus ensinamentos fossem confrontados com a Bíblia. Esse período de tempo, em que a verdadeira Igreja de Deus foi perseguida por sua fidelidade à Palavra de Deus, encontra-se registada na Bíblia de várias maneiras:
1. Em Apocalipse 11:3 e 12:6, faz-se menção de 1260 dias.
2. Em Apocalipse 11:2 e 13:5, são mencionados 42 meses, que, multiplicados por 30 dias do mês, resultam também em 1260 dias.
3. Em Daniel 7:25; 12:7 e Apocalipse 12:14, mensiona-se “tempo e tempos e metade de um tempo”, ou seja, três tempos e meio, que na verdade, equivalem a três anos e meio. Três anos e meio, multiplicados pelos 12 meses do ano, dão 42 meses, que, multiplicados por 30 dias de cada mês, resultam outra vez em 1260 dias.
Todos esses versículos apresentam o mesmo período de tempo no qual se levantou um poder que, usando o nome de Deus e atribuindo-se a prerrogativa de ser a Igreja de Deus, perseguiu a verdadeira Igreja de Deus. E tudo pelo simples motivo de que esta “teimava” em manter a doutrina bíblica, pura, do jeito que Jesus a ensinara quando esteve na Terra.
Acendem-se as fogueiras.
Por incrível que pareça, existe na História um período de exactamente 1260 anos de perseguição religiosa, que começa no ano 538, com o édito de Justiniano. Foi Justiniano quem, depois de derrotar os ostrogodos, decretou que o bispo de Roma teria a preeminência sobre os bispos das outras cidades, pelo facto de que Roma era a capital do império e dominava o mundo político daqueles dias.
Esse período abrange os anos em que a Igreja perseguiu aqueles que se negavam a obedecer-lhe cegamente. Nessa época a igreja utilizou um instrumento chamado “Santa” Inquisição e tentou impedir que qualquer pessoa estudasse a Bíblia. Isso para que ninguém percebesse os erros que foram transferidos do paganismo para o cristianismo daqueles dias.
Ler e defender verdades bíblicas era considerado heresia, e a pena para os hereges era a fogueira. Previa ainda a confissão de “delitos” sob torturas terríveis. Instrumentos de torturas usados pela igreja medieval podem ser vistos em vários museus, como o Museu da Inquisição, em Lima, Peru, ou o Museu do Deserto nas Cévennes  em França. Esse período de perseguição terminou em 1798, quando o General Berthier levou preso o líder religioso da igreja, Chamado Pio VI. Veja o seguinte diagrama:
Perceba mais uma vez, o método do inimigo. Ele persegue a Igreja de Deus, mas não se identifica. Pelo contrário, o poder que persegue denomina-se a si mesmo Igreja de Deus, enquanto reclama adoração e obediência para si e não para Deus e Sua palavra. Com certeza, muitas pessoas que faziam parte da pretensa igreja de Deus achavam que estavam a fazer um favor a Deus, ao perseguir um “bando de hereges” que teimavam em obedecer à Bíblia e não à Igreja. Só que essas pessoas, por sinceras que fossem, não percebiam que estavam a ser usadas pelo inimigo de Deus, na tentativa de destruir a verdadeira Igreja.
Alejandro Bullón, O Terceiro Milénio e as Profecias do Apocalipse, 1.ª ed., 1998, pág. 47.
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O Remanescente Fiel.
A Profecia de Apocalipse 12 afirma que a verdadeira Igreja de Deus, embora perseguida, sobreviveria e teria um remanescente nos nossos dias. Esse é um remanescente que o demónio odeia e continua a perseguir. É um remanescente que se caracteriza por duas particularidades expressas em Apocalipse: “Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar contra os restantes de sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.” (Apocalipse 12:17). Essas características repetem-se em Apocalipse 14:12, ao citar a perseverança dos santos. Veja o que diz: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.”
Deus declara de forma inequívoca, que Ele tem uma Igreja e que esta tem duas características distintas: tem a fé em Jesus e, ao mesmo tempo, acredita na validade dos Seus mandamentos, tal como a Bíblia os regista. Essas foram as características da Igreja de Deus desde o Éden. Lá no jardim, Adão e Eva constituíam a Igreja de Deus. Eles eram os Seus filhos, o Seu povo. Mas o inimigo estava ali para destruir o povo de Deus e apresentou-se disfarçado de serpente tentando desvirtuar dois pontos básicos do relacionamento com o Criador: adoração e obediência. “Se comerdes da árvore” – disse a serpente – “sereis como Deus. Ou seja, não precisas de Deus, podes ser o teu próprio deus. Não tens que obedecer.”
Adão e Eva caíram. Mas depois arrependeram-se e tornaram a constituir o povo de Deus. Então vieram os filhos: Caim e Abel. Naquela época, Deus pediu o sacrifício de um cordeiro como símbolo de Jesus, o Cordeiro de Deus, que um dia tiraria o pecado do mundo. Abel obedeceu. Levou um cordeiro expressando a sua fé no Salvador. Caim desobedeceu. Levou o fruto da terra, direcionando a adoração para o fruto do seu trabalho. Ali, naquele momento, originou-se a igreja do inimigo de Deus neste planeta.
Filhos de Deus e filhos dos homens.
Os dias passaram e a Bíblia regista a divisão clara destes dois grupos de pessoas: “Vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas…” (Génesis 6:2). Percebe? Filhos de Deus e filhos dos homens. Aí estão as duas únicas igrejas do mundo, porque só existe dois comandantes.
Antes do Dilúvio, Noé e a sua família e muitas pessoas que começaram a construir a arca, faziam parte da Igreja de Deus. Infelizmente, muitos abandonaram as fileiras dos fiéis. Quando o Dilúvio chegou, somente Noé e a sua família constituíam o povo de Deus, que Ele salvou. Somente eles adoraram ao verdadeiro Deus e obedeceram à ordem de construir a arca. Depois veio o tempo de Abrão (posteriormente chamado Abraão), que adorava o e obedecia ao Senhor numa terra cheia de incrédulos. Um dia, Deus o chamou e disse: “Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome.” (Génesis 12:1 e 2)
→ Abraão e os seus descendentes são claramente identificados na Bíblia como a Igreja de Deus. As duas características daquele povo eram a adoração ao verdadeiro Deus, Criador dos céus e da terra, e a obediência fiel à Sua Palavra, que incluía os mandamentos que Deus escreveu posteriormente em tábuas de pedra, no Sinai. Quando Jesus veio, Israel, que era o Seu povo, não O aceitou. Rejeitou-O. Eles disseram que não aceitariam outro, senão César. Mas houve doze israelitas que O aceitaram. Os doze discípulos que Jesus usou para estabelecer a Igreja cristã. Por isso, podemos dizer que o povo de Deus sempre existiu ao longo da História. E sempre teve as duas características.
→ Israel pensava que era o povo de Deus por herança, mas esqueceu-se que somente seria o povo de Deus se O adorasse como o verdadeiro Deus – o Deus que Se fez carne na pessoa de Jesus – e obedecesse aos Seus mandamentos. A igreja cristã corre o mesmo perigo. Ela não será a Igreja de Deus só porque Jesus a estabeleceu no início da sua história. Mas continuará a ser na medida em que adore unicamente o Deus verdadeiro, na pessoa de Jesus Cristo, e obedeça à Sua palavra, que inclui os mandamentos. Afinal, essas sempre foram as características do povo de Deus ao longo da História.
Qual a Igreja?
Características são importantes para identificar pessoas. Numa certa ocasião fui ao encontro de alguém que não conhecia. “Ele é alto.” – disseram-me – “Usa barba e tem um sinal grande na fronte.” Com essas características não dava para ser confundido. Quando os passageiros começaram a sair, fui conferindo as características. Havia algumas pessoas altas, mas não usavam barba. Outras usavam barba mas não eram altas. Até que, finalmente, saiu o homem alto, de barba e com o sinal na testa. Foi fácil reconhecê-lo.
Deus sabia que hoje o ser humano andaria confuso diante de tantas igrejas e religiões. Todas pretendem ser a Igreja de Deus e algumas, mais benevolentes ainda, defendem a ideia de que todas as igrejas conduzem a Deus. É muito fácil tomar posições radicais em diferentes aspectos da vida – embora seja pouco prudente fazê-lo – mas quando se trata de vida ou morte e, como já vimos, existe um inimigo que usará qualquer método para enganar o ser humano, vale a pena dar ter em atenção o que o apóstolo São Pedro escreveu: “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fareis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso.” (II Pedro 1:19). E, se prestarmos atenção ao que diz a Bíblia, percebemos que ela afirma contundentemente que Deus tem uma Igreja que conserva duas características: (1) crê em Jesus e (2) guarda os mandamentos de Deus. O dever de toda a pessoa sincera é, através do estudo consciencioso da Palavra de Deus, achar essa Igreja e preparar-se, sem medo do futuro.
Alejandro Bullón, O Terceiro Milénio e as Profecias do Apocalipse, 1.ª ed., 1998, pág. 53.

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