terça-feira, 18 de outubro de 2011

A FERIDA CURADA E O FIM DOS TEMPOS

A Conquista do Mundo pelo PapadoSerá que este poder conquistará todo o mundo quando a sua ferida mortal for, finalmente, curada? Segundo o que se encontra nas Escrituras, a nossa resposta só pode ser afirmativa. Na verdade, em função do quanto está preconizado em função da cura da sua ferida mortal, quantos se “maravilharam após a besta”? A resposta é muito clara: - “(…) e toda a terra se maravilhou após a besta” – Apocalipse 13.3. Através desta pincelada colorida, não teremos dúvidas de que o papado recuperará o seu domínio mundial. Na idade Média onde é que o papado consolidada o seu poder? Sem dúvida que era na Europa. Mas, no final da História, segundo as Escrituras, onde é que este manifestará o seu poder. Igualmente, não temos qualquer dúvida que será em todo o mundo, em toda a Terra – cf. Apocalipse 13.8; 17.2; 18.3.
Nos Primeiros Escritos, a mensageira do Senhor não menciona como o papado despertará para conquistar o mundo; mas, se lermos - O Grande Conflito, da pp. 453 à 484 - descobriremos que aqui diz claramente que este poder sentar-se-á, novamente, no trono do mundo, por ter conquistado o mundo inteiro, à excepção do remanescente de Deus. Isto é muito importante, pois poderemos imaginar o cenário que, de certa maneira nos ultrapassa – todo o mundo liderado por este poder – menos o remanescente de Deus!
O Forte/Alto Clamor
Quando o papado conquistar o mundo e, finalmente, for imposta a “Marca da Besta” que, mais não é do que a perseguição, afinal, o que se passará na Igreja? Um dos primeiros sinais é, sem dúvida alguma, a sacudidura. E quando se afirmar a supremacia da Igreja Tradicional, saber-se-á, na verdade, quem é quem na Igreja. Nos dias de hoje, a Igreja está repleta de gente. A maioria do povo de Deus, quando o papado impuser a Lei Dominical e proibir de comprar e vender e quando os Estados Unidos da América se unirem ao papado e for decretado o - “Decreto de Morte” -, muitos que não são fiéis, por conveniência, a seu tempo, sairão; mas, ao mesmo tempo, muitos dos que estão lá fora e que são sinceros, entrarão. Esta fase, de certa forma caracterizará o que se conhece de – Sacudidura. Esta referência encontra-se mencionada no livro Primeiros Escritos, pp. 271 a 273 e no livro O Grande Conflito, pp. 483,484.
Qual é o verdadeiro objectivo de dissecarmos estes acontecimentos? Pois, não só estamos a preparar-nos para uma melhor compreensão do que se seguirá, como também, como veremos, esta é uma estrutura idêntica à que encontrámos no livro do profeta Daniel, nomeadamente, no capítulo 11. Assim, ao conhecermos estes pormenores, não haverá, assim esperamos, desvios de interpretação deste, aparente, enigmático capítulo 11. Desta forma, quanto a nós, irá ser fácil interpretá-lo.
Após ter sido acudido, o povo de Deus, finalmente, está pronto para proclamar algo de extrema importância para o tempo do fim – o Forte/Alto Clamor.Afinal, o que é, o que significa, onde se encontra e o que contém este – Forte/Alto Clamor? Este é a intensificação da mensagem do 3º anjo. E qual o seu conteúdo? Na verdade ela é uma mensagem simples, só que de opção; ou seja, ou recebem o selo de Deus ou recebem a marca da besta. Dito por outras palavras – se ficarmos com o papado ou com o protestantismo apóstata, não iremos receber outra coisa a não ser a – marca da besta. Assim, perante esta mensagem que convida à opção, ou ficamos onde estamos ou, se ouvirmos este convite, sairemos de onde nos encontramos.
Já reparámos que a mensagem do 3º anjo está de novo mencionada no capítulo 18 do Apocalipse? E, já nos perguntámos qual a razão desta repetição? Em Apocalipse 14.8, na mensagem dos 3 anjos, é dito que: - “E outro anjo seguiu dizendo: Caiu, caiu Babilónia, aquela grande cidade que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição”. Em Apocalipse 18.2 é revelado muito mais, pois “E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilónia, e se tornou morada de demónios, e coito de toda a ave imunda e aborrecível”. Atardemo-nos um pouco no significado das palavras aqui mencionadas. O que significarão, na verdade, estas “aves” na Palavra de Deus? Elas representam algo de desagradável, pois significam e personificam Satanás e os seus anjos. Para confirmarmos o que estamos a dizer, basta recordar uma parábola proferida pelo Senhor Jesus, conhecida pelo nome de – parábola do semeador – Mateus 13.1-23.
Aqui está dito que estas sementes caíram no caminho. E, acto contínuo, o que fizeram as aves? Estas vieram e comeram as sementes – v. 4. Um pouco mais à frente, Jesus explica o significado dos diferentes componentes da parábola: 1- da semente (a palavra do reino); 2- das aves (vem o maligno, e arrebata) – dizendo: - “Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado ao pé do caminho” – v. 19. Assimilando este texto ao de Apocalipse, então podemos ver como Babilónia se tornou a morada de Satanás e dos seus anjos. Na verdade, se pensarmos bem, quantos de nós gostaríamos de pertencer ou viver num semelhante lugar – Babilónia – “(…), morada de demónios, e coito de toda a ave imunda e aborrecível”? Na verdade, Apocalipse 18.1-5 tem a função de denunciar, a cada ser humano, a verdadeira entidade desta grande cidade de Babilónia espiritual, da qual, “(…) os seus pecados se acumularam até ao céu (…)” – v. 5. E quem está representado por Babilónia? Claro, os governos deste mundo, unidos com o papado e o protestantismo apostatado. Será que teremos ou teríamos prazer em ser parte integrante de tal organização ou sistema? Nós pensamos que não.
Na verdade, a 2ª e 3ª mensagem – Apocalipse 14.8-11 – estão extremamente ligados. Já na mensagem do 1º anjo é dito: - “Dizendo com grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória; porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” – v. 7. Ou seja, esta parte final, condida à adoração ao Criador. Isto implica a observância do Sábado, na medida em que, ao guardar o Sábado – 7º dia da semana - implicitamente que, aquele que o fizer, está a manifestar o seu compromisso com o Deus Criador. Não é possível amá-lO e voltar as costas à Sua Lei, visto que esta é o reflexo de Si mesmo. A do 2º anjo diz: - “(…). Caiu, caiu Babilónia (…)” – v. 8 – exactamente porque não faz o que diz a 1ª mensagem; por isso o convite urgente: - “(…),: Sai dela povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas” – Apocalipse 18.4. Enquanto que a 3ª mensagem mostra a urgência de sair de Babilónia. Se não saírem receberão a marca da besta e cairá sobre estes “(…) a ira de Deus (…)” – Apocalipse 14.10. Eis a interligação ente a mensagem do 2º e a do 3º anjo. Esta última é uma mensagem urgente para os que ainda não saíram de Babilónia para que o possam fazer; é uma última oportunidade para dela sair sem receber a marca da besta, ou seja, do poder que se diz cristão, mas que nada tem de Cristo, tal o Senhor, certa vez denunciou: - “E porque me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?” – Lucas 6.46.
Será que alguém que não foi sacudido poderá pregar a mensagem do - Forte/Alto Clamor? Poderá uma pessoa que está unida ao mundo pregar tal mensagem? Pensamos que não. Não esqueçamos de duas realidades tremendamente importantes, a saber: 1- o Forte/Alto Clamor não é mais do que a mensagem para um tempo específico; 2- enquanto que a Chuva Serôdia representa o poder a imprimir a esta mesma mensagem. Quando a Igreja for sacudida, então os filhos de Deus receberão a Chuva Serôdia e esta lhes concederá o poder para proclamar este Forte/Alto Clamor. Será possível a alguém que está cheio de Babilónia mandar alguém, tal como ele mesmo, sair de Babilónia? Uma pessoa que se sente bem a ver violência e sexo pela TV e que gasta a maior parte do seu tempo a ver filmes, futebol e novelas, que está a ouvir música de Babilónia, nas suas mais variadas matizes, pregará esta mensagem de advertência ao mundo – de arrependimento? Claro que não! Não esqueçamos que Babilónia tem a sua própria música – cf. Daniel 3.5. E, quando cai Babilónia é dito que nela “(…) não se ouvirá mais a voz de harpistas, e de músicos (…)” – Apocalipse 18.22. Sim, música que excita; a mesma que se tocou no banquete que fez com que João Baptista fosse morto – cf. Mateus 14.6. Como pode, como poderá uma pessoa cheia e identificada com Babilónia dizer aos outros para que saiam de Babilónia? Com que autoridade?
Antes que eu possa ser preenchido pelo Espírito Santo, algo deverá acontecer anteriormente! Sim, eu deverei estar esvaziado de mim mesmo. Não é esta uma lei elementar da área do saber chamada – Física? Na verdade, dois corpos, em simultâneo, não podem ocupar o mesmo espaço. Deus não enche o que já está cheio. A sacudidura serve para isto mesmo, ou seja, para esvaziar os filhos de Deus de si mesmos, e os torna capazes, aptos para receberem o poder do Espírito Santo. Isto é o que representa conhecer e vir a Jesus Cristo. Aprender a Sua palavra, orar e testificar. Para melhor compreendermos o que estamos a dizer, basta recordar um outro episódio das Sagradas Escrituras – o da mulher de Lot – Génesis 19.16,17,22-26. Sim, é verdade, a mulher de Lot SAIU de Sodoma e Gomorra, mas estas NUNCA saíram dela! Nunca esqueçamos desta máxima: - “O arrependimento é uma mudança de coração, não de opinião”. Por vezes instala-se a confusão na mente daqueles que proferem acusações contra a Igreja Adventista – a Igreja remanescente – dizendo que esta é Babilónia – acusação desprovida de qualquer fundamento. Na verdade, o que acontece, isso sim, é que no seu seio existem muitos babilónicos – esta é que é a triste e dura realidade! Muitos, a exemplo da mulher de Lot, saíram do mundo para engrossarem as fileiras da Igreja, só que o grande drama permanece, infelizmente, visível em muitos aspectos, ou seja, que este mundo, na verdade, nunca os abandonou. A Chuva Serôdia representa o poder, enquanto que o Forte/Alto Clamor é, repetimos, a mensagem que é proclamada com poder. O Forte/Alto Clamor é, na verdade, o 2º anjo que intensifica a mensagem do 3º, que diz que todo aquele que não sair de Babilónia receberá a marca da besta e perder-se-á para sempre – Apocalipse 14.9.11. Mas, se ao contrário, esta for abandonada, para se unam ao remanescente de Deus, então estes serão salvos.
Onde encontramos esta mensagem do Forte/Alto Clamor no livro - Primeiros Escritos? Este tema encontra-se na p. 277. Note-se que, em relação a este livro estamos a seguir a paginação, à medida que os temas se sucedem. No livro do - O Grande Conflito, pp. 485-491, sendo esta a última página do capítulo 38, dando lugar, obviamente, ao capítulo 39, cujo título é - “Aproxima-se o Tempo de Angústia” – p. 493. Como reagirá a Igreja tradicional e o protestantismo quando esta mensagem for proclamada? Será esta é agradável para ambos os movimentos religiosos? A resposta é negativa. Qual a razão? Porque quando esta mensagem for proclamada, tal como dissemos anteriormente - Forte/Alto Clamor – milhares dos que a ouvirem sairão destas congregações para se unirem à Igreja remanescente como veremos quando abordarmos Daniel 11, visto que as mensagens que provocarão este êxodo ali são ventiladas – a Chuva Serôdia e o Forte/Alto Clamor.
A fúria Causada pelo Forte/Alto Clamor
Na verdade devemos perguntar-nos acerca da razão ou, eventuais razões para tal fúria? Antes, porém, a Igreja dorme e permanece numa certa letargia e inacção. Mas, quando ela despertar, Satanás suscitará um reavivamento muito semelhante. A este propósito a mensageira do Senhor refere: - “Vi que Deus tem filhos honestos entre os adventistas nominais e as igrejas caídas; e, antes que as pragas sejam derramadas, ministros e povo serão chamados a sair dessas igrejas e, alegremente, receberão a verdade. Satanás sabe disto, e antes que o alto clamor da terceira mensagem angélica seja ouvida, ele suscitará um excitamento nessas corporações religiosas, a fim de que os que rejeitaram a verdade pensem que Deus está com eles. Ele espera enganar os honestos e levá-los a pensar que Deus ainda está a trabalhar pelas igrejas. Mas a luz brilhará, e todos os honestos deixarão as igrejas caídas e tomarão posição ao lado dos remanescentes”.
Porque é que a Igreja de hoje não é perseguida? Responderemos nós: - porque ainda não chegou a lei dominical! A mensageira do Senhor, acerca deste assunto, dá-nos a conhecer a razão ou razões para que tal ainda não tenha acontecido; a este propósito diz: - “A única razão é que a
igreja se conformou com a norma do mundo, e portanto não suscita oposição. A religião que no nosso tempo prevalece não é do carácter puro e santo que assinalou a fé cristã nos dias de Jesus e dos Seus discípulos. É unicamente por causa do espírito de transigência com o pecado, por serem as grandes verdades da palavra de Deus tão indiferentemente consideradas, por haver tão pouca piedade vital na igreja, que o cristianismo é, aparentemente, tão popular no mundo. Se houver um reavivamento da fé e poder da primitiva igreja, o espírito de opressão reviverá, reacendendo-se os fogos da perseguição”.
Tenhamos consciência e admitamos qual é, na verdade a nossa enfermidade, para que Deus nos possa curar. São importantes as pregações que falam do grande amor de Deus para com os Seus filhos. Mas será este o grande propósito da pregação, para os nossos dias, da Verdade Presente? Ou será que a Igreja de hoje precisa ouvir uma mensagem contundente que a possa despertar para a solenidade do tempo presente, para que o crente se possa preparar para as dificuldades espirituais que se aproximam a passos largos para o verdadeiro povo de Deus? Uma mensagem forte é sinónimo do muito amor de Deus pelo Seu povo. Porquê a mensagem do 3º anjo? Porque Deus nos ama e não deseja que as Suas criaturas recebam a marca do poder contrário a Si mesmo – a marca da besta – mas, antes pelo contrário, que toda a humanidade se salve – cf. I Timóteo 2.4. Certo tipo de pessoas diz: - não nos falem de fogo e enxofre, mas unicamente de amor. Mas, em boa verdade, que amor é este desprovido de justiça? Será verdadeiramente amor? Pensamos que não.
Analisemos alguns aspectos do texto do Espírito de Profecia supra citado. É-nos dito que: - “A única razão é que a igreja se conformou com a norma do mundo, e portanto não suscita oposição. (...)”. Será que a Igreja ouve a mesma música do mundo? Esta come e bebe as mesmas coisas que o mundo? Veste como ele? Esta vai a lugares onde vai o mundo? Estas perguntas, talvez já façam parte de um passado bem distante, pois comodamente somos levados a concluir: - o passado ao passado pertence. Um ou outro jovem perguntará: - será que é prejudicial ir ao cinema? Vejamos, a este propósito, o que o Espírito de Profecia refere: - “os jovens não seriam seduzidos pelo pecado se se recusassem a entrar por qualquer caminho, a não ser que pudessem rogar a bênção de Deus sobre o mesmo”. Então, porque é que a Igreja não é perseguida? Claro, porque lhe falta uma única coisa – ser sacudida. Deus irá permitir que o papado conquista todo o mundo e que nos pressione para que decidamos com quem queremos permanecer.
Na verdade, se não tomarmos decisões neste nosso tempo que é o – aqui e agora – como poderemos resistir? O carácter terá que ser formado agora, não depois; é isto que está escrito: - “Se houver um reavivamento da fé e poder da primitiva igreja, o espírito de opressão reviverá, reacendendo-se os fogos da perseguição”. Neste tempo aqui descrito um qualquer membro da Igreja não terá dúvidas sobre o que poderá parecer mal ou não. Que não se pergunte sobre o quanto se pode experimentar do mundo sem ser pecado, mas sim sobre o quanto se pode experimentar de Cristo para deixarem o que atrai para fora da Igreja.
Então, por que não está a Igreja remanescente a ser perseguida? Por que é que ela não está a proclamar o Forte/Alto Clamor? Pela simples razão de que não estamos a receber o poder do Espírito Santo, tal como aconteceu no passado, na Igreja primitiva. Sim, imediatamente à descida do Espírito Santo, o que é que se passou? Se examinarmos o livro dos Actos dos Apóstolos, ali é dito que, por terem pregado, os discípulos, foram presos: - (v.18)- “E lançaram mão dos apóstolos, e os puseram na prisão pública. (…). (27)- E trazendo-os, os apresentaram ao conselho. E o sumo sacerdote os interrogou dizendo: (28)- não vos admoestámos nós expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina, e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem” – Actos 5; cf. 4.16,17,20. Assim, a proclamação com veemência da mensagem conduz, inevitavelmente, à prisão. No profeta Ezequiel 38 e 39 fala da grande guerra de Gogue e Magogue contra o povo de Deus nos últimos dias. O conflito final não será de ordem atómica, nuclear ou tendo como base conflitos sobre o petróleo, ou ainda qualquer conflito entre Oriente e Ocidente, mas sim resultante a fúria causada pelo proclamação de uma mensagem de advertência a denunciar a – marca da besta ou seja, o Domingo – como dia falso de repouso e de adoração e, ao contrário, exaltar a proclamação do santo dia do Senhor – o Sábado – como dia santificado em honra do Deus Criador. A esta proclamação chama-se, como temos vindo a ver até aqui – o Forte/Alto Clamor.
A abordagem do tema – fúria causada pelo Forte/Alto Clamor – encontra-se no livro – Primeiros Escritos, pp. 277-279 – enquanto que no livro – O grande Conflito – encontra-se no capítulo 38 “O Último Convite Divino”, pp. 485,491. Desde a primeira página deste capítulo fala da mensagem a proclamar pelo 4º anjo, ou seja, a Igreja remanescente. Esta mensagem “Caiu, caiu a grande Babilónia, e se tornou morada de demónios e coito de todo o espírito imundo, e coito de toda a ave imunda e aborrecível. E ouvi outra voz do Céu, que dizia: Sai dela, povo Meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas” – Apocalipse 18.2,4. Esta mensagem fará com que os ímpios persigam, cheios de ira, os seus arautos. Assim, esta fúria assinalada neste capítulo está directamente ligada ao Forte/Alto Clamor. E qual poderá ser, na sequência analisada até aqui, o próximo acontecimento? Claro, o levantamento de Miguel.
O Levantamento de Miguel
Encontramos este tema, no livro – Primeiros Escritos, na p. 279. O que significará esta expressão? Mais a baixo a examinaremos com mais detalhe. Por agora, ela tem que ver com o fecho da Porta da Graça, ou seja, que a partir deste acontecimento nada mais há a fazer pelo ser humano, no que respeita à sua salvação – cf. p. 280. Isto quer dizer que o arcanjo Miguel irá mudar de função que desempenhou até então, ou seja, de sacerdote a rei – “Vi então Jesus depor Suas vestes sacerdotais e envergar Seus mais régios trajes”. Esta acção – levantar-se - de Miguel tem um significado preciso – Jesus começará a reinar, ou seja, passará, finalmente à acção para mostrar aos poderes do Mal que o povo de Deus não foi deixado à deriva, pois agora apresenta-se o seu Salvador, tal como veremos em detalhe quando abordarmos o capítulo 12 do livro de Daniel.
Até este momento, quem governava no mundo? Quem estava a governar através de quem? Claro, os reis e estes, por sua vez, unidos ao papado e ao protestantismo apóstata. Governaram o mundo, perseguiram implacavelmente o povo de Deus, prenderam-no, maltrataram-no, fizeram-no passar fome e dado um - Decreto de Morte - contra eles. Aparentemente Deus abandonou o Seu povo na Terra. Mas, no momento em que o rei do Norte – Daniel 11.44 – sai com fúria para destruir o povo de Deus, como veremos, porque proclamaram a mensagem final, é neste preciso momento que o arcanjo Miguel surge para livrar o Seu povo, para dar um ponto final no sofrimento deste.
O levantamento de Miguel, isto é, que corresponde ao final da proclamação da mensagem do 3º anjo, encontra-se no livro – O Grande Conflito, p. 493 – que corresponde ao capítulo 39 “Aproxima-se o Tempo de Angústia”.
O Tempo de Angústia
O levantamento de Miguel é precursor do Tempo de Angústia. Deus fecha a Porta da Graça, isto é, a partir daqui já não existirá qualquer intercessão, já nada mais há a fazer pelo pecador. Neste momento cumprem-se duas ordens bíblicas: 1ª- cumprem-se estas palavras: - “E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito” – Apocalipse 16.17; 2ª- o texto que diz: - “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda” – Apocalipse 22.11.
Agora, depois desta primeira acção – fecho da Porta da Graça – começa a fase seguinte – o Tempo de Angústia. E o que acontece durante este período? Claro, as pragas. Podemos ver aqui a ordem, já estudada, da estrutura de Apocalipse 12. O Tempo de Angústia é o título do assunto que vem a seguir no próximo capítulo do livro – Primeiros Escritos, p. 282 – assim como no livro – O Grande Conflito, pp. 493-508 que, como dissemos acima, corresponde ao capítulo 39 “Aproxima-se o Tempo de Angústia”. E como será esta fase? Tal como o próprio título adverte, este será um tempo terrível para o povo de Deus. Será que algum filho de Deus será morto após o fecho da Porta da Graça? A resposta é um retumbante – não. E qual a razão? Sim, pela simples razão de que, agora, Deus acabou com o poder destes poderes político-religiosos. A porta fechou-se e o poder, se assim podemos dizer, mudou de mãos, finalmente. O povo de Deus terá fome, irá para a prisão, passará grandes dificuldades, viverá “um tempo de angústia qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo” – Daniel 12. 1. Mas, uma coisa é certa, Satanás não poderá destruir a fé deste povo, visto que quem reina não é este último, mas Miguel – o libertador do povo de Deus – ou seja, Jesus Cristo.
O Decreto de Morte
Este tema encontra-se no livro – O Grande Conflito, p. 509 – que marca o início do capítulo 40 “O Livramento dos Justos”, e no livro – Primeiros Escritos, pp. 283-285. Como veremos mais tarde, em Daniel 11, aqui é dito acerca do rei do Norte que, ao conhecer “os rumores do oriente e do norte o espantarão” – 44ª. E, quando chegarem estas notícias, na continuação do texto, é dito que: - “(…) e sairá com grande furor para destruir e extirpar a muitos (…)” – v. 44b. Depois, continua a mostrar-nos a atitude arrogante deste rei do Norte, ao dizer: - “E armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o monte santo e glorioso (…)” – v. 45ª. Isto dito por outras palavras, o rei do Norte está a circundar, cercar o acampamento dos santos, depois de ter conquistado todo o mundo – à luz da leitura que podemos fazer deste capítulo 11 do livro do profeta Daniel. Este rei conquistou quase tudo o que havia para conquistar e submeter. Só resta um pequeno reduto, o qual se encontra em Jerusalém. Recorde-se, uma vez mais, que esta Jerusalém, não é um ponto geográfico, mas representa a Igreja mundial – o conjunto dos que disseram: - não – à besta, à sua imagem, ao seu sinal e ao nº do seu nome – cf. Apocalipse 15.2; 20.4. A besta coloca-se num local estratégico – Meguido – que fica entre o mar e o monte santo e glorioso – cf. Daniel 11.45. Agora está pronto para desferir o golpe decisivo ou seja, reduzir ao silêncio o povo de Deus. Assim, se puder levar de vencida os seus intentos, isto é, para destruir a Igreja remanescente e a cidade, então o seu triunfo será completo. Iremos ver a maneira como tudo isto está relatado: - “Quando a protecção das leis humanas for retirada dos que honram a lei de Deus, haverá, nos diferentes países, um movimento simultâneo com o fim de os destruir. Aproximando-se o tempo indicado no decreto, o povo conspirará para desarreigar a odiada seita. Resolver-se-á dar em uma noite um golpe decisivo, que faça silenciar, por completo, a voz de dissentimento e reprovação”. Que quadro tão dramático que a mensageira do Senhor aqui, sob inspiração, descreve sob pinceladas tão impressionantes, que nos fazem ver e sentir os intentos deste poder opressor do povo de Deus.
Quando o rei do Norte vier contra Jerusalém, com que protecção esta contará? Que poderio militar defensivo terá? De que arsenal nuclear disporá? Absolutamente nenhum! Aparentemente, a cidade de Jerusalém está perdida, pois está cercada de fortes exércitos que se preparam para a conquistarem. Mas, continuemos a ler esta fabulosa e vivida descrição: - “O povo de Deus – alguns nas celas das prisões, outros escondidos nos retiros solitários das florestas e montanhas – pleiteia ainda a protecção divina, enquanto por toda a parte grupos de homens armados, instigados pelas hostes de anjos maus, se estão preparando para a obra de morte”. Aqui encontramos uma segunda referência ao Decreto de Morte. Continuemos: - “É então, na hora de maior aperto, que o Deus de Israel intervirá para o Livramento dos Seus escolhidos”. Note-se a palavra “Livramento”, tal como é utilizada pela Palavra de Deus: - “E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe que se levanta pelos filhos do teu povo (…); mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro (da vida)” – Daniel 12.1 (acrescento nosso). Continuemos a seguir a descrição feita: - “Com brados de triunfo, zombaria e imprecação, multidões de homens maus estão prestes a cair sobre a sua presa”. Aqui está, o rei do Norte pronto para atacar Jerusalém, porque, como já vimos, esta é um símbolo da Igreja. Mas, de repente, algo de extraordinário acontece, como veremos a seguir.
O Livramento dos Santos
Este seguinte tema encontra-se no livro – Primeiros Escritos, pp. 285-288 – assim como no livro – O Grande Conflito, pp. 509,510. Retomemos a narrativa deixada acima: - “(…), quando, eis, um denso negror, mais intenso do que as trevas da noite, cai sobre a Terra. Então o arco-íris, resplandecendo com a glória do trono de Deus, atravessa os céus, e parece cercar cada um dos grupos em oração. As multidões iradas, subitamente, se detêm. Silenciam seus gritos de mofa. É esquecido o objecto da sua ira sanguinária. Com terríveis pressentimentos contemplam o símbolo da aliança de Deus, anelando pôr-se ao amparo do seu fulgor insuperável”. A continuação do texto fala de todo o processo de libertação do povo de Deus. Se voltarmos ao texto bíblico, aqui é dito que, para o rei do Norte – “(…) virá ao seu fim, e não haverá quem o socorra” - Daniel 11.45b. Até este momento quem, efectivamente, ajudou o rei do Norte? Na verdade, este poder, esta coligação, não mais do que o resultado da amálgama diabólica, a saber: o papado, o protestantismo apóstata e os reis, os grandes de todo o mundo; no fundo, as três partes do sistema que constitui Babilónia. E, sobre o que é que Babilónia está sentada? Claro, tal como a Bíblia refere ela está – “(…) assentada sobre muitas águas” – Apocalipse 17.1b.
Aqui, no livro - O Grande Conflito – como vimos acima, é dito não só que - “(…) homens armados, instigados pelas hostes de anjos maus, se estão preparando para a obra de morte”, ou seja, estes que cumprem os desígnios do rei do Norte; como também o poder destes governantes assenta, claramente, no povo “(…) multidões de homens maus (…)”. Por isso é que, tal como o texto bíblico refere, Babilónia está ““(…) assentada sobre muitas águas”. Ora, o que é que se passa, no momento da 6ª praga, quando o povo de Deus é libertado? O que é que se passa com as <águas>? Estas, simplesmente, secam – Apocalipse 16.12. Estas, simbolicamente, como o próprio texto bíblico nos esclarece, representam “povos, multidões” – Apocalipse 17.15 – esta multidão que apoiava o rei do Norte mas, que agora, devido às circunstâncias, lhe retiram o seu apoio. É dito, na Palavra de Deus que os reis da Terra “(…) aborrecerão a prostituta (…)” – Apocalipse 17.16. Por outro lado, um pouco mais à frente é dito que também os comerciantes, de igual modo, também a abandonarão, na medida em que – (v.11)- “(…) porque ninguém mais compra as suas mercadorias. (23)- (…). Porque os teus mercadores eram os grandes da terra; porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias” – Apocalipse 18. Tudo isto quer dizer que aqui está representado o sistema económico mundial. Todos, a seu tempo, retirarão o seu apoio ao rei do Norte. Porquê? Exactamente pela razão fornecida pelo próprio texto, como acabámos de ver: - “(…) porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias”. Convém ter sempre presente que se trata sempre da mesma entidade, só que assume nomes diferentes em função da sua representação. Isto quer dizer que este poder contrário a Deus, durante um certo tempo, a exemplo do passado, reinará soberanamente durante algum tempo até à 2ª vinda de Cristo, a Bíblia o conhece como: 1- barro de oleiro (Daniel 2.41); chifre pequeno (Daniel 7.8; 8.9-12); 3- a Besta/fera (Apocalipse 13.3-8); 4- a grande prostituta (Apocalipse 17.1); 5- a mãe das prostituições (Apocalipse 17.5); 6- a grande cidade Babilónia que reina sobre os reis da terra (Apocalipse 17.18).

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