terça-feira, 11 de outubro de 2011

A QUINTA PRAGA DO APOCALIPSE

Todo o contexto das 7 pragas nos remete para o fim do tempo da graça e tem como centro o sexto flagelo: “Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua nudez.” (Ap. 16:15). Esta passagem aplica-se particularmente à forma surpreendente como virá o juízo investigativo e o fim do tempo da graça. A esse momento especial se refere também a profecia de Daniel, quando diz:
“Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro.” (Dan. 12:1).
Quando esse momento chegar, a sorte de cada pessoa ficará definitivamente fixada, sem possibilidade de mudança alguma, pois é proclamado o seguinte decreto:
“Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda. Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo a sua obra.” (Apoc. 22:11,12).
Jesus, nosso Sumo Pontífice, que hoje ainda intercede por nós no santuário celestial, finalizará a Sua obra mediadora e sacerdotal. Acrescenta E.G.White: “Então vi Jesus, que tinha estado a ministrar diante da arca, a qual contém os Dez Mandamentos, lançar o incensário. Levantou as mãos e com grande voz disse: “´Está feito´” (Primeiros Escritos, p. 279).
1. Como é apresentada a quinta praga?
Rª: “O quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e os homens mordiam de dor as suas línguas.” Apocalipse 16:10.
Nota: A quinta praga atinge directamente o centro do problema. É o trono da besta que é o alvo (Apoc. 16:10). A praga que emerge deste texto faz lembrar a quinta trombeta. As trevas invadem a cena. Sob a quinta trombeta, as trevas resultam do profundo abismo, o tehom, "abismo", a ausência de fundamento para a negação de Deus; o argumento do humanismo leigo da Revolução francesa (Apoc. 9:1,2). As trevas ocupavam um terço do espaço (Apoc. 8:12); no caso da quinta praga ela cobre todo o reino (Apoc. 16.10). Na época, esta negação da existência de Deus era um poder estranho e anti-religioso. Agora, o contexto da praga é parte integrante da religião. Para retomar o cenário esboçado em Daniel, o Sul está aliado ao Norte (Dan. 11:43). Babilónia assegura a sua soberania da negação de Deus (o Norte representa Babilónia, a crença, o Sul caracteriza o Egipto, a incredulidade).

E, aqui também, o julgamento deriva directamente da iniquidade. É por ter adorado a besta sobre o trono das trevas e da negação que em consequencia se gerou e generalizou a ridicularização da Fé Cristã. A Igreja Romana, introduzindo tradições pagãs e populares, a Inquisição; deu testemunho das as trevas e levou os homens a abraçarem uma religão descredibilizada: morta. O flagelo lembra igualmente a nona praga do Egipto, a penúltima, a que precede a intervenção final de Deus contra os primogénitos dos egípcios.
No livro Sabedoria, um apócrifo do 1º século a.C., a praga das trevas sai da morada dos mortos e é apresentada como o castigo por excelência que resume e conclui todas as outras (Sabedoria 17).
Da mesma maneira, a quinta praga contém todos os males de todas as pragas precedentes. Sofre-se agora também das úlceras da primeira praga, bem como as dores que correspondem às outras pragas.
“As pragas que sobrevieram ao Egipto quando Deus estava prestes a libertar Israel, eram de carácter semelhante aos juízos mais terríveis e extensos que devem cair sobre o mundo precisamente antes da libertação final do povo de Deus. Diz o autor do Apocalipse, descrevendo esses tremendos flagelos: ´Faz-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.´” (Conflito dos Séculos, p. 679).

2. Em que tempo são derramadas as pragas?
Rª: “Era impossível as pragas serem derramadas enquanto Jesus oficiava no santuário; mas, terminado ali a Sua obra, e encerrando-se a Sua intercessão, não havia nada para deter a ira de Deus, e ela irrompeu com fúria sobre a cabeça desabrigada do pecador culpado, que desdenhou a salvação e odiou a correcção.” (Primeiros Escritos, 289).

3. Onde cai esta praga?
Rª: Esta praga fere a própria sede da grande apostasia dos últimos dias, o papado. Assemelhar-se-á sem dúvida à praga idêntica no Egipto., que era uma escuridão que podia “ser sentida” (Êxodo 10:21-23). Por essa praga o despotismo iníquo, arrogante e apóstata que se diz possuir toda a verdade, e a luz do mundo, é amortalhado nas trevas da meia-noite.

4. O que precederá o derramamento das pragas?
Rª: E não é de admirar, porquanto o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz. Não é muito, pois, que também os seus ministros se disfarcem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.” (2ª Cor. 11:14,15; cf. 2ª Tes. 2:8-12).
Nota: “Como acto culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás personificará Cristo. A igreja tem, há muito tempo, professado considerar o advento do Salvador como a realização das suas esperanças. Assim, o grande enganador fará parecer que Cristo veio. Em várias partes da Terra, Satanás se manifestará entre os homens como um ser majestoso, com brilho deslumbrante, assemelhando-se à descrição do Filho de Deus dada por João no Apocalipse (1:13-15). Conflito dos Séculos, p. 675.

5. Que será promulgado nas vésperas deste tempo?
Rª: “Os poderes da Terra, unindo-se para combater os mandamentos de Deus, decretarão que todos, ´pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos´(Apoc. 13:16), se conformem com os costumes da igreja, pela observância do falso Sábado. Todos os que se recusarem a conformar-se serão castigados pelas leis civis, e declarar-se-á finalmente serem merecedores de morte.” (CS, 655).

6. Como olhará o Senhor para o Seu povo neste período de provação?
Rª: “Esqueceu-Se o Senhor do Seu fiel Noé quando caíram os juízos sobre o mundo antediluviano? Esqueceu-Se Ele de Lot, quando desceu fogo do céu para consumir as cidades da planície? Esqueceu-Se de José, rodeado de idólatras, no Egipto? Esqueceu-Se de Elias, quando o juramento de Jezabel o ameaçou com a sorte dos profetas de Baal? Esqueceu-Se de Jeremias no escuro e horrendo fosso da sua prisão? Esqueceu-Se dos três heróis na fornalha ardente? Ou de Daniel na cova dos leões?” (CS, 677, 678).

Conclusão: Deus prometeu a Sua especial protecção através de toda a tormenta, e embora antes que termine o tempo da graça possa haver mártires, uma vez iniciado o tempo de angustia nenhum dos filhos de Deus perderá a vida, sendo milagrosamente guardados e cuidados pelo Senhor e pelos Seus anjos: “Como guardaste a palavra da Minha paciência, também Eu te guardarei da hora da tentação que há-de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam a Terra.” (Apoc. 3:10).
Ainda que sejam tremendas as provas e aflições que aguardam o povo de Deus. A esperança é mais forte que a aflição e o nosso anseio exprime-se: “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém; vem, Senhor Jesus. A graça do Senhor Jesus seja com todos.” Apocalipse 22:21,22.
Decida ser um/a vencedor/a com Cristo.

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