segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A PRIMEIRA MENSAGEM APOCALIPSE - O MEMORIAL DO CRIADOR

Pelo primeiro anjo (primeira mensagem angélica) os homens são chamados a temer a Deus e dar-Lhe glória, e adorá-Lo como o Criador do Céu e da Terra (Apocalipse 14:6-7). O dever de adorar a Deus se baseia no fato de que Ele é o Criador, e que a Ele todos os outros seres devem a existência. Deus é apresentado pela Bíblia como o único que possui o direito à reverência e a adoração:
"Porque todos os deuses dos povos não passam de ídolos; o SENHOR, porém fez os céus." (Salmos 96:5)
"Sabei que o SENHOR é Deus: foi Ele que nos fez, e dEle somos; somos o Seu povo e rebanho do Seu pastoreio." (Salmos 100:3)
"Ó, vinde, adoremos, e prostremo-nos; ajoelhemo-nos diante do SENHOR que nos criou." (Salmos 95:6)
"Porque assim diz o SENHOR, que criou os Céus, o Deus que formou a Terra, que a fez e a estabeleceu; que não criou nada para o caos, mas para ser habitada: Eu sou o SENHOR, e não há outro." (Isaías 45:18)
"NO PRINCÍPIO era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era

Deus... Todas as coisas foram feitas por Ele, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez." (João 1:1-3)
E os seres santos que adoram a Deus nos Céus, declaram o mesmo motivo: "Digno és, SENHOR, de receber glória, e honra, e poder; porque Tu criaste todas as coisas." (Apocalipse 4:11).

"No Éden, Deus estabeleceu o memorial de Sua obra da criação, depondo a Sua bênção sobre o sétimo dia. O sábado foi confiado a Adão, pai e representante de toda a família humana. Sua observância deveria ser um ato de grato reconhecimento, por parte de todos os que morassem sobre a Terra, de que Deus era seu Criador e legítimo Soberano; de que eles eram a obra de Suas mãos, e súditos de Sua autoridade. Assim, a instituição era inteiramente comemorativa, e foi dada a toda a humanidade. Nada havia nela prefigurativo, ou de aplicação restrita a qualquer povo."1

"A instituição do sábado, que se originou no Éden, é tão antiga como o próprio mundo. Foi observado por todos os patriarcas, desde a criação. Durante o cativeiro no Egito, os israelitas foram obrigados por seus maiorais de tarefas a violar o sábado; e em grande parte perderam o conhecimento de sua santidade. Quando a lei foi proclamada no Sinai, as primeiras palavras do quarto mandamento foram: "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar" (Êxodo 20:8), mostrando que o sábado não foi instituído então [naquela ocasião]; aponta-se-nos a sua origem na criação. A fim de eliminar a lembrança de Deus da mente dos homens, visava Satanás destruir este grande memorial. Se pudessem os homens ser levados a esquecer seu Criador, não fariam esforços para resistir ao poder do mal, e Satanás estaria certo de sua presa."2

"Satanás tem sido perseverante e infatigável em seus esforços para levar avante a obra que começou no Céu - mudar a Lei de Deus (Isaías 14:13-14; Apocalipse 12:7-17). Tem tido êxito em levar o mundo a crer a teoria que ele apresentou no Céu antes de sua queda, de que a Lei de Deus era defeituosa e necessitava ser revisada. Grande parte da professa igreja cristã, por sua atitude, se não por suas palavras, mostra que aceitaram o mesmo erro. Se, porém, a Lei de Deus foi mudada num jota ou num til, Satanás ganhou na Terra aquilo que não pôde obter no Céu. Ele preparou seus enganosos laços, na esperança de levar em cativeiro a igreja e o mundo. Mas nem todos serão enlaçados. Está sendo traçada uma linha de distinção entre os filhos da obediência e os filhos da desobediência, os leais e verdadeiros e os desleais e infiéis. Dois grandes partidos se desenvolvem - os adoradores da besta e sua imagem, e os adoradores do Deus vivo e verdadeiro."3

"Como memorial da Criação, a observância do sábado representa um antídoto contra a idolatria. Ao lembrar-nos que Deus criou os céus e a Terra, transparece claramente a distinção entre Deus e todos os falsos deuses. A guarda do sábado torna-se, pois, um sinal de nossa fidelidade ao verdadeiro Criador - um sinal de que reconhecemos a Sua soberania como Criador e Rei."4

"O Espírito de Deus tocou o coração dos que estudavam a Sua Palavra e, procurando as verdades concernentes ao ministério sacerdotal de Cristo no santuário celestial, foram impressionados pela convicção de que haviam ignorantemente transgredido este preceito, deixando de tomar em consideração o dia de repouso do Criador. Começaram a examinar as razões para a observância do primeiro dia da semana em lugar do dia que Deus havia santificado. Não puderam achar, nas Escrituras Sagradas, prova alguma de que o quarto mandamento tivesse sido abolido, ou de que o sábado fora mudado; a bênção que a princípio destacava o sétimo dia nunca fora removida. Sinceramente tinham estado a procurar conhecer e fazer a vontade de Deus; agora, como se vissem transgressores de Sua lei, encheu-se-lhes o coração de tristeza, e manifestaram lealdade para com Deus, santificando Seu sábado."5

"Muitos e tenazes foram os esforços feitos para subverter-lhes a fé. Ninguém poderia deixar de ver que, se o santuário terrestre era uma figura ou modelo do celestial, a lei depositada na arca, na Terra, era uma transcrição exata da lei na arca, que está no Céu; e que a aceitação da verdade concernente ao santuário celeste envolvia o reconhecimento dos requisitos da Lei de Deus, e da obrigatoriedade do sábado do quarto mandamento. Aí estava o segredo da oposição atroz e decidida à exposição harmoniosa das Escrituras, que revelavam o ministério de Cristo no santuário celestial. Os homens procuravam fechar a porta que Deus havia aberto, e abrir a que Ele fechara. Mas "O que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre", tinha declarado: "Eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar (Apocalipse 3:7-8). Cristo abrira a porta, ou o ministério, do lugar santíssimo; resplandecia a luz por aquela porta aberta do santuário celestial, e demonstrou-se estar o quarto mandamento incluído na lei que ali se acha encerrada; o que Deus estabeleceu ninguém pode derribar."6

"A importância do sábado como memória da criação consiste em conservar sempre presente o verdadeiro motivo de se render culto a Deus" - porque Ele é o Criador, e nós as Suas criaturas. "O sábado, portanto, está no fundamento do culto divino, pois ensina esta grande verdade da maneira mais impressionante, e nenhuma outra instituição faz isso. O verdadeiro fundamento para o culto divino, não meramente o daquele que se realiza no sétimo dia, mas de todo o culto, encontra-se na distinção entre o Criador e Suas criaturas. Este fato capital jamais poderá tornar-se obsoleto, e jamais deverá ser esquecido."7

"Tivesse sido o sábado universalmente guardado, os pensamentos e afeições dos homens teriam sido dirigidos ao Criador como objeto de reverência e culto, jamais tendo havido idólatra, ateu, ou incrédulo. A guarda do sábado é um sinal de lealdade para com o verdadeiro Deus, "Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas" (Apocalipse 14:7). Segue-se que a mensagem que ordena aos homens adorar a Deus e guardar Seus mandamentos, apelará especialmente para que observemos o quarto mandamento."8
"O argumento tantas vezes feito, de que Cristo mudou o sábado, é refutada por Suas próprias palavras. Em Seu sermão no monte, disse Ele: "Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer pois que violar um destes mais pequenos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos Céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos Céus (Mateus 5:17-19)."9
João declara: "Aquele que diz: eu O conheço e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade." (I João 2:4)
"As igrejas que recusaram receber a primeira mensagem angélica rejeitaram luz celestial. A mensagem foi misericordiosamente enviada para levá-los a ver sua verdadeira condição de mundanismo e afastamento, e para buscarem o preparo para o encontro com o SENHOR. A primeira mensagem angélica foi dada para separar a igreja de Cristo da influência corruptora do mundo. Todavia, para a multidão, mesmo os professos cristãos, as amarras que os prendiam à Terra eram mais poderosas do que os atrativos celestiais. Escolheram dar ouvidos à voz da sabedoria terrena e deram as costas à vigorosa mensagem da verdade."10

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Vídeos relacionados: A Origem do Sábado - Quarto Mandamento
1. WHITE, E. G. Patriarcas e Profetas, p. 48.
2. WHITE, E. G. Patriarcas e profetas, p. 336.
3. WHITE, E. G. Mensagens Escolhidas, vol. II, p. 107.
4. Nisto Cremos, 7.ª ed., 2003, p. 334.
5, 6. WHITE, E. G. Grande Conflito, O; p. 434-435; (Seção III, Capítulo 25 - A Imutável Lei de Deus).
7. ANDREWS, J. N. (1887). History of the Sabbath, 3rd ed., Battle Creek, Michigan, Review & Herald Pub. Asso.
8, 9. WHITE, E. G. Grande Conflito, O; p. 438, 447.
10. WHITE, E. G. História da Redenção, p. 363.

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