segunda-feira, 5 de maio de 2014

A Direção do Império Romano

Tanto quanto possamos deduzir, João deve ter nascido por volta de 10 d.C., enquanto o grande Augusto - primeiro imperador romano - ainda ocupava o patrono. À medida que os anos passavam, os arautos imperiais anunciaram sucessivamente a eleição do imperador Tibério em 14 d.C., do meio louco Calígula em 37 d.C., do obscuro mas eficiente Cláudio em 41 d.C. e do infame Nero em 54 d.C.

O imperador Nero, ainda na casa dos vinte anos, ordenou a decapitação de Paulo. Além do mais, incendiou Roma na tentativa de "limpar “uma área suficiente para construir um novo e grande palácio. O fogo fugiu ao controlo e devorou a cidade - noite e dia – até ter danificado gravemente dez dos catorze distritos de Roma. Centenas de milhares de pessoas perderam as casas e negócios, ficaram quase fora de si. A fim de pacifica-los, Nero mandou prender um bom grupo de cristãos como bodes expiatórios, e abriu os seus jardins particulares à apresentação de um grande "espetáculo" público. Tácito, historiador romano, conta-nos que Nero "vestiu" alguns cristãos com peles de animais e depois os "serviu" como banquete aos cães ferozes. Outros cristãos foram cruxificados ou queimados vivos, a fim de prover iluminação à noite - como se fosse luminárias de vias públicas.

Nero morreu em 68 d.C. Antes de findar o ano 69, motins armados em vários pontos do Império produziram três imperadores transitórios: Galba, Oto e Vitélio. Um quarto imperador, Vespasiano, realizou excelente governo durante uma década. Antes de tornar-se imperador, Vespasiano comandou a Guerra Judaica. Quando faleceu em 79, sucedeu-o seu filho Tito, que tinha completado a conquista de Jerusalém e era o "mui querido dos romanos". Em 81, dois anos mais tarde, Domiciano - irmão mais velho de Tito - chegou ao poder.

O imperador Tito fora atraente, venturoso e bem-sucedido. O imperador Domiciano era mal-humorado, perdedor nato e inapto. Quando a sociedade romana o recusou a esse respeito do qual ele não se julgava merecedor, ele declarou-se a si próprio como divino, exigindo adoração. Intitulou-se oficialmente como "senhor" e "deus". Poetas subservientes chegaram a descrever como "sagrados “até mesmo os peixes que ele comia.


A perseguição promovida por Nero tinha atingido apenas os cristãos residentes em Roma. A loucura de Domiciano chegou mais longe. Aos cristãos de muitos lugares foi exigido por Domiciano que oferecessem incenso à sua estátua.

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